Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Ana Cláudia Pinheiro Dias |
Orientador(a): |
Venâncio, Karina Chianca |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28073
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Resumo: |
O presente trabalho tem por objetivo analisar elementos precursores na literatura do século XIX, através das obras de Gustave Flaubert (1821-1880), mais especificamente em seu último livro, Bouvard e Pécuchet (1881). O escritor francês se consagrou na prosa com Madame Bovary, em 1857, trazendo uma nova concepção literária, perpassando a temática à estruturação inovadora do romance. Ademais, sob o tema Bouvard e Pécuchet de Gustave Flaubert: a antecipação de técnicas estéticas vanguardistas na literatura do século XIX, emitimos a hipótese de que Flaubert antecipa aspectos estéticos que serão concernentes aos processos pictóricos dos vanguardistas no século XX, como os cubistas e os dadaístas, criando uma narrativa fragmentária, não linear e intertextual a partir da técnica da colagem de ideias e da desfuncionalização de alguns processos da prosa tradicional, configurando, na segunda parte do livro, o Dicionário de ideias feitas. Além desses processos estruturais, o referido escritor, nesse romance, constrói uma atmosfera irônica em referência aos conhecimentos científicos e enciclopédicos em voga na época, a fim de denunciar a tolice humana em tentar abarcar todo o saber vigente e ditá-lo como verdade irrefutável, através da figura de seus dois personagens principais. Para isso, consideramos necessário entendermos o contexto histórico e estético em que Gustave Flaubert configurou-se escritor, utilizando, como aporte teórico basilar, visões de Sartre (2013), Tadié (2011), Bourdieu (1996), Gombrich (2003) e Bergez (2011). Em convergência com esse processo, sob a ótica de Barthes (1974; 2004), Biasi (2011), Thibaudet (1992), Dord-Crouslé (2000), entre outros, abordamos a influência da ciência e como essa relação interferiu na formação de seu estilo literário e na sua obsessão pela forma escritural, além de ressaltarmos o caráter pessimista que cada obra flaubertiana carrega, com fins estéticos. Por fim, com intuito de analisar a antecipação estética em Bouvard e Pécuchet (1881), adotamos a abordagem da intertextualidade trazida por Kristeva (2005), Compagnon (1996; 2006), Genette (2010) e Samoyault (2008), criando um paralelo comparativo com os movimentos cubista e dadaísta no século XX, com discurso embasado em conceitos de Francastel (1990), Cottington (1999) e Tassinari (2001). |