Estimulação transcraniana por corrente contínua na fase crônica da Chikungunya: protocolo para um ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nascimento, Abraão Sérvulo do
Orientador(a): Freitas, Rodrigo Pegado de Abreu
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46957
Resumo: Introdução: A infecção pelo vírus chikungunya ainda é uma epidemia no Brasil com uma incidência de 59,4 casos por 100.000 na região Nordeste. Mais de 60% dos pacientes apresentam artralgia crônica recorrente, não havendo agentes terapêuticos específicos para tratar e reabilitar pessoas na fase crônica da chikungunya. A dor persistente pode levar à incapacitação, exigindo tratamento farmacológico de longo prazo. Terapias não medicamentosas como a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) surge como uma promissora abordagem complementar para esses pacientes. Objetivos: avaliar os efeitos da ETCC na dor e na funcionalidade de indivíduos na fase crônica (sintomas persistentes por mais de 3 meses) da chikungunya mediante uso da ETCC anódica no córtex motor primário (montagem C3/Fp2). Métodos: trata-se de um protocolo de um ensaio clínico, paralelo, duplocego, randomizado e controlado. Quarenta participantes de ambos os sexos com chikungunya crônica (mínimo 3 meses de infecção inicial) serão randomizados para um grupo ativo ou sham. Um total de dez sessões consecutivas com duração de 20 min cada serão administrados durante duas semanas, usando uma corrente contínua monofásica com uma intensidade de 2 mA por 20 min. Os participantes de ambos os grupos serão avaliados no início do estudo, imediatamente após a 10ª sessão, 2 semanas (primeiro acompanhamento) e 4 semanas (segundo acompanhamento) após a intervenção. Como desfecho primário teremos a dor avaliada por meio de uma escala de avaliação numérica (NRS) e a algometria para registrar o limiar de dor à pressão (PPTh) e a tolerância de dor à pressão (PPTo). Os desfechos secundários serão a funcionalidade (HAQ), força muscular (dinamômetro de preensão manual) e qualidade de vida (SF-36). Os efeitos da estimulação serão calculados usando um modelo de análise de variância mista (ANOVA). Resultados esperados: A aplicação da ETCC na montagem descrita já é preconizada para síndromes dolorosas crônicas e doenças reumáticas. Espera-se a melhora dos desfechos apenas no grupo ativo, contribuindo para o fortalecimento desse recurso para essa população. Dessa forma teremos mais uma opção terapêutica não farmacológica disponível e acessível, e dados adicionais para a discussão científica em torno de políticas clínicas e futuros ensaios.