Validação do Nurse Competence Scale (NCS) para o português do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Cícera Maria Braz da
Orientador(a): Menezes, Rejane Maria Paiva de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24945
Resumo: O processo de formação do enfermeiro exige o desenvolvimento das competências necessárias à sua atuação, embora, seja comum pairar algumas dúvidas com relação às competências do recém-graduado. Objetiva-se validar o Nurse Competence Scale para a língua portuguesa do Brasil. A escala avalia a competência do enfermeiro, constituída de 73 itens, distribuídos em 7 categorias, demonstra ser sensível na diferenciação dos níveis de competência, incluindo a fase de transição de estudante de enfermagem para a fase de enfermeiro. Estudo metodológico desenvolvido entre setembro de 2016 a junho de 2017, após a autorização da autora principal do instrumento e a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob o parecer nº 1.766.255. Conduziu-se as validades de conteúdo e de construto (dimensionalidade), e análise da confiabilidade (teste-reteste e consistência interna), em duas etapas: a primeira, correspondeu à adaptação cultural do instrumento, e a segunda, à verificação das qualidades psicométricas da escala adaptada. Participaram do estudo, 141 concluintes do curso de Graduação em Enfermagem de Instituições Públicas de Ensino Superior do estado do Rio Grande do Norte. O Índice de Validade de Conteúdo foi de 0,99, e o coeficiente Kappa foi considerado quase perfeito. Dos 73 itens da escala, apenas 13 apresentaram diferença significativa no teste de comparação de médias durante o teste-reteste (n = 30) para o nível de competência. O alfa de Cronbach total nessa etapa foi 0,97, e variou de 0,75 a 0,92, entre as categorias. E a segunda, participaram 111 concluintes, com média de idade de 24,2 (DP = 3,5); sendo 84,7% do gênero feminino e 95,5% sem experiência anterior na área de Enfermagem. O instrumento foi considerado de fácil preenchimento, com tempo médio de aplicação de 15 minutos, em ambas as etapas. Os alunos se autoavaliaram como tendo um bom nível de competência (média geral = 73,9), com uma média de uso efetivo dos itens na prática, igual a 2, o que corresponde a “usado ocasionalmente”. O nível de competência foi maior para a Função de Apoio (80,5), e menor, para as Intervenções Terapêuticas (67,8). A análise de correlação entre os itens da escala, apresentou-se de moderada a forte, com destaque para a correlação entre as Intervenções Terapêuticas com as Funções Educativas (0,71), com as Funções Diagnósticas (0,74) e com as Funções Gerenciais (0,78). A análise fatorial confirmatória demonstrou que o instrumento adaptado está razoavelmente ajustado à estrutura original proposta pela autora principal. Nessa etapa, o coeficiente alfa de Cronbach foi superior a 0,70, com exceção da categoria Função de Apoio (0,65). O processo de validação da escala foi alcançado, e a versão brasileira, denominada Escala de Competência do Enfermeiro mostrou-se válida e confiável para a amostra estudada. Acredita-se que a escala pode ser utilizada como ferramenta de avaliação das competências de graduandos de Enfermagem, apesar da regionalidade dos dados. Recomenda-se a realização de novos estudos, que permitam uma avaliação mais profunda das qualidades psicométricas e comparações entre resultados de pesquisas sobre o uso da versão brasileira do Nurse Competence Scale.