Peixes de água doce das bacias costeiras no domínio da Mata Atlântica na ecorregião hidrográfica do Nordeste Médio-Oriental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Paiva, Roney Emanuel Costa de
Orientador(a): Lima, Sérgio Maia Queiroz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24608
Resumo: A Mata Atlântica é uma das florestas mais ameaçadas do mundo e classificada como um dos hotspots de biodiversidade, por apresentar elevadas taxas de riqueza e endemismo. No entanto, existem divergências quanto ao grau de conhecimento, que varia entre grupos taxonômicos e entre regiões geográficas. Estudos apontaram que levantamentos ictiofaunísticos devem ser conduzidos com urgência nas bacias que drenam a Mata Atlântica do Nordeste do Brasil, devido às ameaças que os corpos d’água estão sujeitos, provocadas pelos impactos decorrentes das ações humanas. O conhecimento da ictiofauna da ecorregião hidrográfica do Nordeste Médio-Oriental (NEMO), que abrange as bacias entre os rios Parnaíba e São Francisco, é considerado parcial e pontual, com algumas bacias sob influência da Mata Atlântica negligenciadas. O objetivo principal do presente estudo foi analisar a riqueza e composição das espécies de peixes de água doce das bacias sob influência da Mata Atlântica no NEMO, através de compilações realizadas em bancos de dados online e registros em coleções ictiológicas de instituições da região (UFPB e UFRN). Embora seja discutida a delimitação de espécies de peixes restritas ao domínio da Mata Atlântica, o presente estudo definiu como recorte para avaliação, somente as bacias que se encontram total ou parcialmente inseridas neste domínio. Foram registradas 57 espécies de peixes de água doce, em 43 gêneros, 19 famílias e seis ordens, onde nove (9) espécies consideradas nativas foram registradas apenas nos domínios da Mata Atlântica e quatro nos limites da Caatinga, o restante (n=34) é compartilhado em ambos os domínios. Foram listadas também as espécies endêmicas da ecorregião (n=9), ameaçadas (n=1) e não-nativas (n=9). A bacia do rio Paraíba do Norte, a maior dentre as bacias estudadas, apresentou maior riqueza de espécies de peixes (n=33). O trabalho também apresenta uma lista de Unidades de Conservação que foram contabilizadas na porção leste do NEMO, além de quantas e quais espécies foram registradas nestas. O estudo também revela padrões na composição de espécies nas diferentes drenagens, sejam elas microbacias ou bacias de pequeno à médio porte, indicando também lacunas amostrais existentes nestas. Os resultados elevam a riqueza em 39 espécies de peixes continentais conhecidas para a Mata Atlântica, e compara dados um estudo que abrangia mais a ictiofauna situada ao sul da foz do rio São Francisco, resultando em uma nova expectativa para a fauna de peixes da região.