Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lima, Alexandro de Andrade de |
Orientador(a): |
Baseia, Iuri Goulart |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25550
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Resumo: |
Os fungos gasteroides compreendem um grupo de organismos com grande diversidade morfológica, representados por várias linhagens distintas de basidiomicetos que, apesar de não compartilharem a mesma ancestralidade, possuem características em comum como o desenvolvimento angiocárpico dos basidiomas e dispersão passiva dos basidiosporos. Além de terem influência na ecologia dos mais variados ecossistemas, sua importância também tem sido demonstrada em diversas áreas como biotecnologia, medicina, silvicultura e gastronomia. Os fragmentos de Mata Atlântica, foco desta pesquisa, abrigam importante riqueza e diversidade de fungos gasteroides. No entanto, esses locais sofrem ação antrópica cada vez mais presente e se encontram em risco de destruição. Durante os últimos anos, os esforços dos micologistas brasileiros têm contribuído para a ampliação do conhecimento sobre fungos gasteroides no país sobretudo, através da descoberta de espécies novas. O Rio Grande do Norte possui áreas de extrema importância biológica com grande riqueza de espécies, porém os estudos já realizados concentram-se em poucas áreas. Desta forma, este estudo teve como objetivo determinar a diversidade de fungos gasteroides em dois remanescentes ainda inexplorados de Mata Atlântica do estado do Rio Grande do Norte e, com isso, suprir lacunas do conhecimento taxonômico sobre a riqueza de espécies desses organismos dessa região. Para isso, foram realizadas catorze excursões de campo no período de maio a setembro de 2016 e março a julho de 2017. A herborização e análise dos espécimes seguiu a metodologia tradicionalmente adotada em estudos de fungos gasteroides. A identificação dos espécimes foi realizada com base na literatura especializada. Adicionalmente foi realizada microscopia eletrônica de varredura (MEV) de espécies potencialmente novas ou crípticas. Foram identificadas 20 espécies distribuídas em 7 gêneros [Abrachium (1 sp.), Clathrus (1 sp.), Cyathus (3 spp.), Geastrum (12 spp.), Phallus (1 sp.), Scleroderma (1 sp.) e Tulostoma (1 sp.)]. Destas, quatro são espécies novas para a ciência, 5 constituem novos registros para o Brasil e 7 para o Rio Grande do Norte. Com estes resultados, houve um aumento de cerca de 14,6% na lista de fungos gasteroides para o estado do Rio Grande do Norte, 4,1% para o Nordeste, 1,5% para o Brasil e 2,2% para a Mata Atlântica. A Área de Proteção Ambiental Piquiri-Una e o Parque Estadual Mata da Pipa, mostraram-se propícios ao desenvolvimento de fungos gasteroides, inclusive a descoberta de espécies novas. Portanto, inventários em áreas de Mata Atlântica ainda são extremamente essenciais e urgentes principalmente em áreas ainda inexploradas. |