Associação dos aspectos sociodemográficos, clínicos e assistenciais na qualidade de vida das pessoas com úlcera venosa na atenção primária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Torres, Sandra Maria da Solidade Gomes Simões de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22208
Resumo: Objetivo: Analisar a associação dos aspectos sociodemográficos, clínicos e assistenciais na qualidade de vida das pessoas com úlcera venosa (UV) na atenção primária. Método: Estudo analítico e transversal conduzido na atenção primária à saúde com 101 pessoas com UV. Os dados foram coletados por formulário estruturado de medidas sociodemográficas e biofisiológicas e o Medical Outcomes Short-Form Health Survey (SF-36). Aplicados os testes Qui-quadrado, Friedman, U de Mann-Whitney e Regressão Logística Binária. Obteve aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE nº 07556312.0.0000.5537). Resultados: A população estudada era composta em sua maioria por mulheres, idosos, casados ou com união estável, com baixa renda e nível de escolaridade. Entre os idosos, predominaram pessoas do sexo feminino (p=0,011), com companheiro(a) (p=0,025), escolaridade até ensino fundamental (p=0,016), sem profissão (p<0,001), não etilistas (p=0,029), com diabetes mellitus (p=0,002) e hipertensão arterial sistêmica (p=0,001). Quanto aos aspectos de saúde e assistenciais, houve tendência de piores resultados entre os idosos, com predomínio de indivíduos com assistência inadequada. As variáveis faixa etária, sono, intensidade e presença da dor, tempo de lesão, orientação de exercícios regulares, orientações para terapia compressiva, tempo de tratamento e referência e contrareferência colaboraram para pior QV, juntas, as variáveis sono, presença e intensidade da dor e orientação para exercícios físicos explicam pior qualidade de vida. Conclusão: os pesquisados em sua maioria eram idosas, sem ocupação, com companheiro, baixa renda, comorbidades, tempo de lesão superior a um ano, recidivas e dor presente. Evidenciou-se necessidade de cuidado integral às pessoas com úlcera venosa, em especial aos idosos. Os aspectos sociodemográficos, clínicos e assistenciais, isolados e em conjunto, estiveram associados a pior qualidade de vida, em especial, sono, dor, orientação de exercícios e referência e contrarreferência nos idosos, que devem ser reconsiderados na assistência integral e multidisciplinar.