O teatro sem fronteiras de Arístides Vargas: memória e exílio na América Latina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santana, Geane da Silva
Orientador(a): Lima, Tânia Maria de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27772
Resumo: O presente trabalho propõe a elaboração de uma análise da peça Nuestra Señora de las Nubes, do diretor e dramaturgo argentino Arístides Vargas. O objetivo dessa análise é explorar elementos que surgem de forma marcada na obra do dramaturgo. A poética teatral de Vargas é uma síntese dos processos dolorosos do exílio argentino, tema constante em todo o seu teatro. Ao refletir sobre as conjunturas das memórias individuais e coletivas do exílio, também se pretende analisar como essas memórias remontam, dentro da obra, um traçado do pensamento político contemporâneo no teatro latinoamericano. A peça Nuestra Señora de las Nubes foi idealizada a partir dos anos em que o autor passou exilado no Equador, país que, no ano de 1979, fundou junto com outros expatriados da América Latina, o grupo Malayerba. Sendo assim, a peça elaborada por Arístides Vargas, trata das várias memórias dos expatriados que sofreram com os golpes ditatoriais na América Latina. O enredo da peça tem seu foco em dois momentos principais e estes direcionam toda a história; primeiramente, ocorrem os sucessivos encontros entre os personagens de dois exilados, Oscar e Bruna, em um tempo e espaço não especificados. E já em um outro momento, são reconstruídas as várias reminiscências expostas pelos dois, que são distribuídas em blocos não lineares, em que eles recordam episódios sobre suas vidas e a respeito de seu lugar de origem, o país de Nuestra Señora de las Nubes. Para um melhor fomento de questões sobre a análise do texto teatral, as reminiscências do exílio e suas possíveis explanações historiográficas e identidades são contempladas essas questões sob as perspectivas de autores como: Augusto Boal, Eduardo Galeano, Edward Said, Michael Pollack e Denise Rollemberg.