Dor lombopélvica e nível de funcionalidade e deficiência em mulheres grávidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lira, Silvia Oliveira Ribeiro
Orientador(a): Viana, Elizabel de Souza Ramalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50103
Resumo: Introdução: No período gestacional, a mulher passa por uma série de adaptações com o objetivo de criar um ambiente propício para o desenvolvimento do feto. Estas podem resultar no desenvolvimento de sintomatologia dolorosa, como a dor lombopélvica, impactando na funcionalidade dessa população. Objetivo: Analisar a dor lombopélvica e seu impacto na funcionalidade de mulheres grávidas. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal que seguiu as recomendações do Stregthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) e cuja unidade de análise foi a mulher grávida. Adotaram-se como critérios de inclusão: gestantes de risco habitual, entre 18 e 45 anos de idade, com acesso à internet e em qualquer idade gestacional. As voluntárias foram avaliadas pelos instrumentos: Ficha de Avaliação Individual, Escala Visual Analógica - EVA, Oswestry Disability Índex – IIO e World Health Organizaton Disability Assessment Schedule 2.0) - WHODAS 2.0. A análise estatística dos dados foi realizada através do Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 20.0 e foram aplicados os testes de Qui-Quadrado, Mann-Whitney e Regressão Logística. As variáveis selecionadas para este estudo foram: sociodemográficas, obstétricas e hábitos de vida, dor (Intensidade dolorosa e nível de incapacidade gerado pela dor lombopélvica - em %) e funcionalidade e deficiência (escore do questionário específico). Resultados: Foram incluídas 142 mulheres grávidas com média da idade cronológica de 31,37 (± 4,93) anos. 69,7% (n=99) das voluntárias relataram dor lombopélvica e destas, 46,5% (n=46) referiram dor de intensidade moderada. Observou-se que não apresentar deficiência pelo questionário WHODAS 2.0 diminui em 81,7% a chance de ter dor lombopélvica na gestação em comparação com apresentar deficiência de leve a grave. Ao passo que possuir renda de 1 a 4 salários mínimos aumenta em 3,06 vezes a chance de ter dor lombopélvica na gestação em comparação com possuir renda com 5 salários mínimos ou mais. Ao comparar as mulheres com e sem dor, observou-se diferença estatisticamente significativa para os domínios cognição (p=0,035) e participação (p=0,012) do WHODAS 2.0, onde o grupo sem dor apresentou maiores escores por domínio. Além disso, a partir desta tese, está sendo desenvolvida uma revisão sistemática, cujo protocolo encontra-se publicado. Conclusões: O período gravídico-puerperal é marcado por adaptações que levam a redução da funcionalidade. Contudo a percepção dessa população acerca da deficiência e seu impacto parecem ser influenciados pelo contexto na qual essas mulheres estão inseridas. Os achados sugerem que há relação entre renda familiar e ausência de deficiência com a dor lombopélvica. Além disso, os domínios de cognição e participação apresentaram diferenças quando analisado mulheres com e sem dor lombopélvica. Assim, sugere-se que mais estudos sejam desenvolvidos considerando os diferentes contextos em que as mulheres grávidas estão inseridas. A compreensão da funcionalidade dessa população poderá auxiliar no melhor gerenciamento e assistência profissional.