Obtenção e caracterização do óleo da oiticica (Licania rígida) para uso como biolubrificante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Albuquerque Neto, Oto Lima de
Orientador(a): Mendes, José Ubiragi de Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21875
Resumo: Os óleos lubrificantes geralmente são produzidos a partir de fontes não renováveis, como por exemplo o petróleo. Estes lubrificantes possuem aditivos para que suas propriedades sejam melhoradas e adequadas para aplicações específicas o que eleva o custo de produção além do elevado poder de degradação ambiental devido ao seu descarte incorreto. Como forma de reduzir os impactos ambientais e elevado custo de produção dos óleos lubrificantes, foram desenvolvidos estudos voltados para os biolubrificantes originados de oleaginosas que possuem grande potencial de produção no território brasileiro, além da redução do impacto ambiental por ser um óleo biodegradável. A lubrificação apresenta uma grande importância para o setor industrial, pois contribui para o aumento do ciclo de vida dos componentes mecânicos de equipamentos de médio e grande porte reduzindo o desgaste excessivo entre peças com movimento relativo entre si e a refrigeração dos componentes. O óleo vegetal produzido a partir do fruto da planta oiticica (Licania rígida) da familia Chrysobalanaceae, encontrada nas vegetações da caatinga, surge como alternativa para uso como biolubrificante devido ao seu baixo custo e fácil extração. No presente trabalho, foram utilizados os métodos de extração mecânica e química, para posterior análise físico-química e demais parâmetros operacionais que devem existir para o bom funcionamento de um óleo lubrificante. Verificou-se que o método de extração mecânica se mostrou mais eficaz quanto a rapidez da produção, mas a extração química mostrou um maior rendimento em relação a massa do vegetal e o volume produzido do óleo. Os valores das propriedades físico-químicas do óleo da oiticica para ambas as extrações se apresentaram similares, logo ambos os métodos podem ser utilizados para a obtenção do óleo da oiticica sem se preocupar com alterações significativas nas principais propriedades esperadas por um óleo lubrificante vegetal. Os ensaios de desempenho quanto a condutividade e resistividade térmica apresentaram valores superiores em comparação ao óleo comercial, provando assim que o óleo vegetal possui uma melhor capacidade de refrigeração em relação ao óleo comercial. A análise de desgaste provou que o poder de lubrificação do óleo da oiticica foi superior em relação ao óleo comercial.