Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa |
Orientador(a): |
Guerra, Ricardo Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26948
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Resumo: |
Introdução: Mobilidade em idosos é a capacidade de mover-se desde ambientes domiciliares até além da comunidade onde vivem. A preservação da mobilidade é considerada fundamental para o envelhecimento ativo, sendo intimamente ligada ao estado de saude e à qualidade de vida. A restrição de Mobilidade no Espaço de Vida (MEV) de idosos comunitários pode predizer a necessidade de cuidados de saude no futuro. Fatores contextuais como, história de vida, aspectos sociais, ambientais e pessoais, são considerados determinantes para a manutenção do espaço de vida em idosos. Objetivos: Conhecer por meio de uma revisão sistemática os aspectos contextuais que interferem ou modificam a MEV, e identificar as associações entre Life-Space Assessment (LSA) e as adversidades do curso da vida de idosos em cinco populações com diferentes contextos epidemiológicos. Métodos: Uma revisão sistemática foi realizada de acordo com o protocolo PROSPERO CRD42017064552, publicado anteriormente. Um estudo transversal aninhado a uma coorte, foi composto por uma amostra de 1995 idosos residentes em 5 locais com distintos perfis epidemiológicos (Ki32ngston e Saint Hyacinthe no Canadá, Tirana na Albânia, Manizales na Colômbia e NatalRN no Brasil). A análise dos dados foi feita usando o SPSS 20.0; foram feitas análise bivariadas e regressão linear múltipla entre o escore total do LSA e as variáveis independentes, o intervalo de confiança foi considerado 95% e o pvalor menor que 0,05 foi considerado significante. Resultados: A revisão sistemática identificou 3484 estudos, apenas 41 foram considerados pelos critérios de inclusão, e classificados com melhor qualidade metodológica. A literatura destaca associações entre mobilidade no espaço de vida e fatores contextuais ambientais (produtos/ tecnologia e características físicas do ambiente) e pessoais (características sociodemográficas, experiência de vida, características psicológicas individuais, percepção de saude e qualidade de vida e índice de mortalidade). O estudo transversal identificou que a mobilidade no espaço de vida foi significantemente relacionada a aspectos contextuais, como: suporte social (β.= 0,041; p= 0,035), barreiras comunitárias (β.= -0,128; p= 0,0001), percepção de segurança (β.= 0,093; p= 0,0001) e capital social (β.= 0,045; p = 0,026). Além disso, destacamos que o escore total do LSA está inversamente relacionado a adversidades na vida adulta (β.= -0,114; p= 0,0001) e diretamente relacionada a adversidades na velhice (β.= 0,073; p= 0,001), mas não houve associação com adversidades na infância (adversidade econômica: p= 0,607 e adversidade social: p= 0,899). Conclusão: Baixos índices de mobilidade no espaço de vida estão relacionados com fatores contextuais ambientais e pessoais. Identificamos que a mobilidade no espaço de vida é influenciada por adversidades na vida adulta e velhice, mas não por adversidades na infância. Fatores contextuais positivos como suporte social e ambiente favorável, assim como adversidades na velhice (renda insuficiente e viver sozinho), podem ser aspectos motivadores de melhor mobilidade no espaço de vida. As adversidades no curso da vida adulta como baixa escolaridade e ocupação manual semiqualificada são preditores de restrição de mobilidade em idosos. |