Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Bosco Filho, João |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21427
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Resumo: |
As ciências da saúde, apoiadas nos argumentos das ciências modernas, assumem em grande parte o conhecimento científico em sua linearidade. Como consequência desse modelo, a condição humana é reduzida ao domínio mecânico e biológico. Essa matriz de conhecimento fomenta um processo de formação dos profissionais de saúde que dificulta uma prática integral, capaz de visualizar a saúde de forma ampliada, conforme preconizam os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, atual política pública de saúde do Brasil. Nesse contexto, torna-se urgente a formulação de estratégias reunificadoras, capazes de construir um olhar ampliado para a formação em saúde. Esta tese tem por suporte as ciências da complexidade e reconhece o homem como parte integrante da natureza, da qual é dependente. Daí porque, talvez, seja urgente reconhecer que a natureza estendida - para além do propriamente humano - é pródiga em mensagens para as quais os profissionais da saúde precisam estar atentos. Identificar e ouvir as lições do vivo podem ajudar a entender o domínio da vida e possibilitar intervenções mais sensíveis no cuidar do humano. A proposição de uma nova prática em saúde foi influenciada pelos macroargumentos filosóficos, antropológicos e epistemológicos de Claude Lévi-Strauss. De igual forma, as hipóteses do limite difuso entre vivo e não-vivo e de uma comunicação ampliada entre o homem e todas as coisas do mundo redimensionam na tese concepções levistraussianas. Henri Atlan, Jean-Marie Pelt e Francisco Lucas da Silva são aqui operadores cognitivos que dão atualidade às ideias de Lévi-Strauss. São sobretudo essas quatro matrizes de pensamento que compõem, nesta tese, a estratégia de operar o pensamento complexo na área das Ciências da Vida. Autorizar as lições da natureza viva permite refletir sobre a cegueira e a surdez que são impressas na formação, acionando canais para a escuta de outras linguagens para religar os conhecimentos e operar efetivamente a integralidade na formação em saúde. |