Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Viana, Ana Cláudia Albano |
Orientador(a): |
Nóbrega, Terezinha Petrúcia da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29326
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Resumo: |
Em nossa tese, afirmamos a obra coreográfica como experiência poética e educativa. Consideramos a obra coreográfica como carta do visível que, por sua poética de movimentos e sensações se escreve e se instala nas corporeidades por ela envolvidas. Sua operação de expressão permite-nos à percepção da potencialidade simbólica humana, de maneira a nos educar ao sensível e à criação de sentidos. Na pesquisa, delineamos os seguintes objetivos: 1) realizar apreciação estética das obras, em suas poéticas, imagens e expressividades; 2) estabelecer relações fenomenológicas entre o corpo, as imagens de dança e a intercorporeidade; e 3) apontar perspectivas de compreensão da educação por meio da intercorporeidade, da obra coreográfica como experiência poética e educativa, e da consciência do corpo. Nossa pesquisa tem como referencial teórico-metodológico a Fenomenologia de Merleau-Ponty e nossos principais interlocutores são MerleauPonty (1945/1999; 1969/2002; 1960/1991; 1964/2005), Paul Valéry (1939/2015), e, na relação entre os interlocutores principais e a educação, Nóbrega (2015; 2018b), assim como os trabalhos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa Estesia. Nosso corpus de análise é composto por quatro obras coreográficas escolhidas intencionalmente, todas do coreógrafo Jérôme Bel, que são: Véronique Doisneau (2005), Pichet Klunchun and myself (2005), Jérôme Bel (1995) e Gala (2015). O critério de escolha das obras e das análises realizadas parte da significação, no sentido da abertura a novos horizontes de significados para as interlocuções entre a obra coreográfica e o fenômeno educativo. A partir da redução fenomenológica e da referência do Atlas Mnémosyne (WARBURG, 2012), compreendemos que a obra coreográfica como experiência poética e educativa nos dá a ver emblemas do mundo e campos de criação de sentidos outros, de atravessamento de afetos e de subjetividades. Este acontecimento não é de uma ordem intelectiva, mas da ordem da vida perceptiva. Dá-se por uma operação de expressão da vida perceptiva, da empatia cinestésica e do corpo estesiológico. E, educa-nos à compreensão do fenômeno educativo como intercorporeidade, na medida em que, na relação intercorporal, no que nos falta e que no outrem se encontra, percebemos elementos para interpretações e relações de inteligibilidade outras com o mundo; à reinvenção da cultura e da história, e ao fortalecimento de atitudes educativas que primam pela liberdade de expressão; à escuta sensível; à autonomia do pensamento; à criatividade e à consideração do corpo no fenômeno educativo nas mais variadas dimensões da vida. |