Relação entre dor e desempenho físico de idosos residentes em instituições de longa permanência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pereira, Dayanna da Silva
Orientador(a): Maciel, Alvaro Campos Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30785
Resumo: Introdução: A dor tem consequências funcionais, cognitivas, emocionais e sociais significativas na vida de um indivíduo. A incapacidade resultante da dor é multideterminada, e é ainda um desafio elucidar quais os mecanismos envolvidos nesta repercussão na vida dos idosos. A manutenção da capacidade funcional é importante fator para a independência e qualidade de vida dos idosos, particularmente para os que vivem em instituições de longa permanência (ILPI). Objetivo: Avaliar a relação entre a dor e o desempenho físico em idosos residentes em ILPI. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, com 133 idosos residentes em ILPI, no Estado da Paraíba. Dentre os instrumentos utilizados destacam-se o Geriatric Pain Measure (GPM) para avaliação da dor e a Short Physical Performance Balance (SPPB) para a avaliação do desempenho físico. Na análise estatística, com o programa estatístico SPSS 20.0, foram utilizadas medidas de tendência central e dispersão. O teste t, ANOVA e o teste de correlação de Pearson foram utilizados na análise bivariada. Por fim, na análise multivariada, foi aplicada análise de regressão linear múltipla. Em toda análise estatística foi considerado um intervalo de confiança (IC) de 95% e um p < 0,05. Resultados: A amostra caracterizou-se pelo predomínio do sexo feminino (65,4%), de solteiros (43,2%) e de baixa escolaridade (59,2%). A média de idade foi 78,8 (±7,62) anos e de institucionalização foi 3,80 (±3,49) anos. A dor foi referida por 57,5% dos idosos, sendo 48% com dor crônica e 13,4% com dor aguda. Na avaliação através do GPM ajustado, a média de pontuação foi de 29,44 (±28,62) pontos. Idosos com presença de dor e dor crônica relataram intensidade de dor moderada (60,6% e 69,5% respectivamente) e aqueles com dor aguda intensidade leve (52,9%). O desempenho físico mostrou-se significativamente menor nos idosos acima de 80 anos e nas mulheres, já os idosos com uma autopercepção positiva da saúde tiveram melhores resultados nessa avaliação. Ao correlacionar os resultados obtidos na GPM com a avaliação funcional foi verificado que apenas o escore de equilíbrio não se correlacionou com a avaliação da dor pela GPM (r=-0,110; p=0,22). Na análise multivariada, foi verificado que a dor aguda afetou negativamente os resultados do desempenho nos testes velocidade da marcha (ß=-0,23; p=0,03) e levantar da cadeira (ß=3,7; p=0,04) e no escore total da SPPB (ß=-1,9; p=0,01), não se relacionando significativamente com o desempenho do equilíbrio dos idosos (ß=-0,23; p=0,53). A dor crônica não foi associada com o desempenho dos idosos nesta análise. Conclusão: A dor aguda exerceu impacto de forma independente, no desempenho funcional de idosos, principalmente nas atividades dinâmicas (marcha e sentar-levantar).