Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Ana Isaura Benfica |
Orientador(a): |
Medeiros, Cynthia Pereira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20265
|
Resumo: |
Este trabalho partiu de uma questão de investigação, a saber, o que autoriza uma criança a aprender, levantada a partir do atendimento a uma criança de 09 anos no serviço escola de uma universidade privada localizada em Natal, cuja queixa remetia a uma desordem de aprendizagem, mais especificamente, a não formalização da leitura e da escrita. Ao empreender um levantamento da bibliografia psicanalítica freudo-lacaniana sobre o aprender, encontramos o conceito de saber como fundamental para a análise desta questão o que nos levou a investigar a trajetória da sua construção em Freud e Lacan, na perspectiva de lançar luzes à sua relação com o aprender. Trata-se de uma pesquisa do tipo teórica com a proposta de revisitar o conceito de saber na obra de Freud e ensino de Lacan, na qual o caso serviu apenas como disparador da questão deste trabalho. Encontramos que em ambos os autores citados, o conceito de saber encontra-se associado de forma exclusiva ao inconsciente, podendo ser articulado ao aprender pela via do desejo de saber. Conclui-se que a aprendizagem é um processo que implica o saber inconsciente. Conseqüentemente, as desordens de aprendizagem podem articular-se ao impossível em jogo no desejo de saber, ao encontrarem-se alienadas a significantes daquilo que opera como proibido ao saber, quando não referidas apenas ou também de aspectos pedagógicos e/ou escolares. Isso nos demonstra que as queixas que chegam à clínica podem ilustrar impasses vividos pelo falante, relacionados a questões subjetivas. Os desvios à possibilidade do aprender podem indicar, nesses casos, uma manifestação daquilo que é singular e da própria impossibilidade de generalização quando se trata de sujeitos. Com isso, atestamos também que as relações do sujeito com o saber produzem efeitos nos processos de aprendizagem. |