Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Pedro Von Sohsten de |
Orientador(a): |
Medeiros, Cynthia Pereira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21464
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Resumo: |
Esta pesquisa parte de um caso clínico no qual o lugar do diagnóstico na vida do sujeito era central. A revisão de literatura quanto ao diagnóstico dirigiu-se tanto para o campo psiquiátrico como psicanalítico, realizada em livros vinculados a temática, bem como artigos, dissertações ou teses nas bases Bvs-Psi, SciELO, LILACS, Portal de Periódicos CAPES. Evidenciou-se, no diagnóstico psiquiátrico, a influência deste nos sistemas epistêmicos que embasam a psiquiatria. Na psicanálise viu-se um deslizamento quanto às abordagens teóricas e clínicas que referem o lugar do diagnóstico. Traçou-se, então, o objetivo de uma pesquisa teórica mais detida sobre tal conceito nas obras de Freud e Lacan. Em Freud, viu-se que a teoria do complexo de Édipo e sua relação com a castração - responsável pela simbolização da falta de representação da diferença sexual no psiquismo - sustenta uma análise diagnóstica em mecanismos distintos usados pelo psiquismo para lidar com essa falta, apresentada pela castração. Na neurose a castração é objeto de recalque, na psicose é objeto de foraclusão e na perversão é objeto de recusa. Em Lacan encontram-se três abordagens: as duas primeiras relacionam as entrevistas preliminares com o diagnóstico de estrutura; apontando a constituição psíquica no engate com o a linguagem. Finaliza-se com o recurso do nó borromeano; este modelo teórico e clínico traz para as bases da constituição do sujeito o enodamento dos registros - R,S,I - e orienta uma abordagem diagnóstica que não está calcada na primazia do significante. Este é um avanço de Lacan ao inominável campo de gozo do sujeito, no qual os nós são o suporte para pensar a constituição psíquica e o conhecimento psicopatológico. Tal diagnóstico não se funda na psicopatologia clássica, não é dado pelo naming, e sim pela amarração dos registros R, S, I, o nó de cada um. Esta abordagem final de Lacan, quanto ao diagnóstico, nos encaminhou um fértil avanço com a clínica psicanalítica e deixa grandes questões para o savoir-faire da clínica psicanalítica, ainda a ser galgado. |