Isso é muito Black Mirror: narcisismo digital e vigilância algorítmica na composição da crise ética contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Igor Gacheiro da
Orientador(a): Dantas, Alexsandro Galeno Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29172
Resumo: Em dezembro de 2011, uma emissora de TV britânica exibiu o primeiro episódio de Black Mirror, um seriado distópico que em breve será tratado como um cânone das produções artísticas do Ocidente. Caracterizado por exibir prognósticos relacionados aos avanços do campo da produção de tecnologias digitais, esse seriado, composto hoje por vinte e dois episódios, constrói alegorias que remetem à correspondência entre os desdobramentos de tais avanços e a corrosão dos acordos éticos na contemporaneidade. É com o olhar direcionado para essa correspondência que a presente dissertação foi construída. Isso significa dizer que tomamos como corpo de análise central do nosso trabalho a série Black Mirror; e que nosso objetivo principal com esta pesquisa foi aprofundar uma reflexão sobre os processos que conectam ou envolvem os recursos digitais e a patente crise ética na sociedade líquido-moderna (BAUMAN; DONSKIS, 2014). Nessa incursão cognitiva, elegemos como mais relevantes dois fenômenos que denunciam os impactos dessa crise: o narcisismo digital e a vigilância algorítmica, ambos representados em Black Mirror, respectivamente nos episódios Queda Livre e Toda a Sua História. Os conceitos de antropotécnica e exercícios antropotécnicos (SLOTERDIJK, 2018) nos serviram como ferramentas ideais para cumprirmos nosso objetivo. A obra do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han também ancorou nossa investida, trazendo à luz o pressuposto de que a vida na Esfera Digital descamba num contexto de absolutização das subjetividades e de uma consequente desnarrativização da vida.