O processo tornado visível: metaficção paródica e narrativa policial em O Xangô de Baker Street

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Evaldo Gondim dos
Orientador(a): Sousa, Ilza Matias de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22676
Resumo: Nesta tese é discutido e analisado como a metaficção paródica, a saber, o processo que torna a ficção visível pela repetição com diferença, potencializa a criação de uma narrativa policial diferente no romance O Xangô de Baker Street (1995), de Jô Soares. A pesquisa é estabelecida a partir de leituras que tratam, sobretudo, da metaficção paródica, da escrita autopoiética, do humor enquanto arte das superfícies, bem como da fabulação de mundos por vir, fazendo uso de conceitos da filosofia da diferença em Deleuze e Guattari e da crítica literária, principalmente, em Linda Hutcheon, Blanchot e Foucault, tais como: máquina autopoiética, humor, fabulação, metaficção, paródia, espaço literário e obra. No plano de composição, o romance do humorista brasileiro torna a sua realidade ficcional visível pelo parodiar de obras literárias e historiográficas, sobretudo as narrativas policiais doylianas e as que retratam o Rio Janeiro no final do século XIX. Nesse sentido, desenvolve-se, nesta obra, uma escrita que se mantém em si mesma, desloca significações e flagra sua realidade ficcional. No heterocosmo soareano, a narrativa se apresenta como num espaço de uma biblioteca. O apelo da obra se encontra na convocação de estereótipos apresentados em livros sobre a capital do império dos trópicos, no final do segundo reinado, bem como em narrativas policiais. A repetição com diferença de livros e obras põe em questionamento imagens arraigadas, abrindo espaço para o “flagrante delito” da fabulação de mundos, que se constituem na superfície da escrita e que não se reduzem a sedimentações.