A metaficção, a paródia e o policial em Luis Fernando Veríssimo e Jô Soares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Paula Fernanda dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22524
Resumo: Este trabalho de pesquisa tem por finalidade analisar dois romances contemporâneos: O Jardim do Diabo, do escritor e cronista Luís Fernando Verissimo, e O Xangô de Baker Street, do humorista Jô Soares. Cabe, aqui, compreender os estilos das obras e suas referências intertextuais. A metaficção – base da construção das duas obras – realça o caráter autoconsciente da literatura policial, da ironia e da paródia. O Jardim do Diabo é o primeiro romance de Verissimo. Com seu característico tom de humor, o autor descreve uma ficção policial dentro de uma outra narrativa policial, desdobrando e duplicando temas, ações e personagens, de fora pra dentro, do ‘real’ para o ‘fictício’. A metaficção, portanto, se manifesta em forma de mise en abyme, o que torna a construção não somente autoconsciente, mas também autorreferencial. O Xangô de Baker Street é um romance de metaficção historiográfica, como descrito nos moldes feitos por Linda Hutcheon (1991). Com a inserção de personagens fictícias – Sherlock Holmes e Dr. Watson – e de personalidades históricas, o autor brinca com fatos que fazem parte da história nacional, descanonizando heróis e desconstruindo narrativas consagradas. O teor paródico é, então, encontrado em duas vias: paródia de literatura policial, simbolizada pela temática e pelas personagens doyleanas; e paródia da historiografia oficial, simbolizada pelas manipulações irônicas de fatos reconhecidos