Avaliação da neofobia alimentar em gêmeos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Martins, Luzia Elionaide Albuquerque
Orientador(a): Lopes, Fivia de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27439
Resumo: O comportamento alimentar diz respeito às atitudes relacionadas com as práticas alimentares do indivíduo e pode atuar promovendo o hábito alimentar. Existem algumas reações comportamentais que podem aumentar ou restringir o consumo alimentar. A neofobia alimentar é caracterizada pela resistência individual em experimentar um alimento novo podendo interferir no equilíbrio nutricional, impactando na composição corporal. A relação entre fatores genéticos e ambientais fornecem pistas importantes para contabilizar as diferenças individuais, sobretudo com relação ao processo de escolha alimentar e o estudo com gêmeos possibilita a observação desses fatores. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi investigar o papel do grau de proximidade genética sobre a semelhança na resposta neofóbica e sua possível correlação com a composição corporal e zigosidade. Essa pesquisa é composta por dois estudos descritivos de corte transversal. No Estudo 1 participaram 138 indivíduos adultos, ambos os sexos, que foram submetidos a aplicação da Escala de Neofobia Alimentar (ENA) e aferição de medidas antropométricas e de composição corporal. No Estudo 2 a amostra foi composta por 138 pessoas adultas, ambos os sexos, divididos em 3 grupos: gêmeos monozigóticos (MZ), gêmeos dizigóticos (DZ) e irmãos não gêmeos (NG) com diferença de idade de até três anos, que responderam a Escala de Neofobia Alimentar (ENA). Os resultados do Estudo 1 mostraram que a neofobia alimentar não se correlaciona com as medidas para composição corporal analisadas em nosso estudo, a saber, IMC, massa magra e massa gorda. No Estudo 2 os resultados mostraram uma tendência para diferenciação entre os grupos, porém estatisticamente não significativos. Os resultados apontaram para um índice de herdabilidade de 29% para a neofobia alimentar classificada como moderada leve. Esses achados se tornam relevantes para a compreensão da resposta de neofobia alimentar e abre caminhos importantes quanto ao seu impacto não somente na composição corporal, mas também na composição da dieta e no que se refere aos hábitos alimentares das pessoas, pois pode se refletir em várias decisões diante dos alimentos.