Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Morais, Ingryd Câmara |
Orientador(a): |
Jerônimo, Selma Maria Bezerra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25151
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Resumo: |
A leishmaniose visceral, no Brasil, é causada pelo protozoário Leishmania infantum, possuindo como vetor Lutzomyia longipalpis e como principal reservatório o cão doméstico. A principal medida de controle dessa endemia no Brasil é a eutanásia de cães infectados por Leishmania. No entanto, essa medida não tem sido efetiva devido a vários fatores, incluindo a defasagem temporal de sua realização. A utilização de coleiras impregnadas com deltametrina por cães tem sido uma das medidas alternativas potenciais de controle. Essa estratégia parece diminuir o risco de exposição desses animais aos vetores, com consequente diminuição do risco de infecção. Esse trabalho objetivou verificar as taxas de exposição ao vetor e a Leishmania em humanos e cães após adoção do uso de coleiras impregnadas com deltametrina por cães residentes em área endêmica para leishmaniose visceral em Natal, RN. O estudo foi do tipo caso-controle. Cães de área de intervenção receberam coleiras impregnadas com deltametrina, além das medidas tradicionais de controle, incluindo a eutanásia daqueles que estavam infectados por L. infantum; enquanto cães da área controle foram submetidos à conduta habitual, que é a remoção dos cães infectados. Cães e pessoas das duas áreas tiveram amostras de sangue coletadas, sendo uma coleta para humanos e três coletas para cães (momento de intervenção, 6 meses e um ano após). Para determinação dos níveis de exposição ao vetor, foi realizada a pesquisa de anticorpos anti-saliva de flebotomíneo, através da técnica de ELISA, com homogenato de glândula salivar de L. longipalpis (para humanos e cães) e proteínas recombinantes LJM11/LJM17 (para humanos). Foi verificado que na área controle houve diferença entre os níveis de anticorpos das três coletas caninas (P<0.0001), enquanto que na área de intervenção, não foi observada diferença nos níveis de anticorpos das três coletas (p=0,15). Na área de intervenção, os humanos demonstraram menores títulos de anticorpos anti-SGH (p<0,0001), anti-LJM11/17 (p=0,0002) e anti-Leishmania (p<0,0001), quando comparados a indivíduos da área controle. Homens e mulheres se mostraram igualmente expostos ao vetor, independentemente da área de estudo. Os níveis de anticorpos anti-homogenato de glândula salivar apresentaram correlação com os níveis de anticorpos de proteínas recombinantes em humanos (r=0,56). O trabalho demonstra a necessidade de investigar a eficácia de novas medidas de controle da leishmaniose, levando em consideração o ciclo biológico do parasita, o aspecto sazonal da densidade e exposição vetorial, bem como as condições ambientais específicas de cada localidade |