Reinventar a universidade: um ensaio sobre o Grupo de Estudos da Complexidade (GRECOM/UFRN)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Reis, Mônica Karina Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24942
Resumo: Esta tese tem como propósito expor fragmentos da história de uma experiência de reforma do pensamento construída, ao longo de 25 anos, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O conjunto de atividades desenvolvidas pelo Grupo de Estudos da Complexidade (GRECOM) no âmbito do ensino, pesquisa e extensão demonstram que é possível empreender uma reforma da universidade como sugere Edgar Morin. A atuação desta base de pesquisa acadêmica amplia a concepção de complexidade no que se refere à religação das culturas científicas e humanísticas. Ao construir uma história de pesquisa que é anterior ao surgimento do próprio grupo, Maria da Conceição de Almeida, coordenadora do GRECOM, apoiada e alimentada por um grupo de pesquisadores que foi se revezando com o passar dos tempos, extrapola as fronteiras da ciência e reconhece a necessidade de se estabelecer o diálogo entre saberes distintos e complementares. Religar conhecimentos científicos e conhecimentos da tradição, compartilhar o produto das pesquisas em espaços de formação para professores e consolidar intercâmbios nacionais e internacionais importantes, fazem desse espaço acadêmico um núcleo de estudos de complexidade reconhecido nos âmbitos local, nacional e internacional. A tese foi construída tendo por referência pensadores que se afinam com as ciências da complexidade e têm sobretudo em Edgar Morin uma referência matricial. Também com cientistas e filósofos, como Claude Lévi-Strauss, Isabelle Stengers, Nuccio Ordine, Wilhelm von Humboldt, Gerhard Casper, que defendem, de uma forma lata, um conhecimento aberto e complexo a respeito da educação, da ciência e da ética acadêmica da pesquisa. Utilizo como referência empírica o acervo documental disponível no GRECOM, composto por: relatórios de pesquisa, projetos, livros, catálogos, monografias, dissertações, teses, fotografias, cartazes, banners, convites e demais registros das atividades desenvolvidas. Defendo aqui o argumento de que o GRECOM se constitui no casulo de um ideário de educação e ciência que extrapola o esperado de um grupo multidisciplinar de produção do conhecimento, porque atua nos espaços do ensino, da pesquisa e da extensão, mas, sobretudo, por expor novas estratégias de método complexo, originalidade das reflexões, criatividade na produção de conhecimento e o fim das fronteiras entre teoria e prática, filosofia e ciência, ética profissional e atitudes de vida. Dessa perspectiva, recorro à noção de modelo reduzido de Claude Lévi-Strauss, utilizada aqui como um operador para narrar a história do GRECOM e afirmar que o GRECOM se constitui numa miniuniversidade dentro da estrutura maior da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e das instituições de ensino superior brasileiras.