Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Noro, Natália Souza |
Orientador(a): |
Gonçalves, Marta Aparecida Garcia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48962
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Resumo: |
Um livro com tiragem de cinco mil costuma ser considerado um sucesso de vendas no Brasil. Por sua vez, Torto Arado já alcançou a marca de cem mil cópias vendidas, além de ter conquistado as principais premiações nacionais de romance. Um dos aspectos que se sobressai na justificativa desse êxito é o fato da literatura de Itamar Vieira Junior ser uma literatura das alteridades, dialogando diretamente com os postulados de Benjamin (1987b) ao propor “escovar a história a contrapelo”, que convida não apenas a pensar em uma inversão da ordem, mas a uma nova fundação da tradição dos oprimidos. Com este estudo, objetiva-se então, analisar o romance a partir de suas representações de resistência à barbárie (Benjamin, 1987a; 1987b) e das cicatrizes do colonialismo (Fanon, 1968) para a composição do discurso literário. Dessa interpretação, delimitam-se também apontamentos para um projeto de letramento levando em consideração um percurso didático-metodológico em que se valoriza a leitura literária como experiência (Larrosa, 2002) e compreende a escuta ativa (Bajour, 2012) como importante método de apreensão da realidade por parte dos educandos. Diante das análises suscitadas, conclui-se que Torto Arado traz contribuições enriquecedoras para a formação humana ao se comprometer com um horizonte imaginativo revolucionário para/com os oprimidos, assim como, as temáticas formalizadas em seu discurso apresentam um terreno fecundo para uma educação literária crítica e libertadora. |