A escrita como prática identitária: processos de consciência linguística e de transformação pessoal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Revoredo, Kalyne Gracyele Varela da Silva Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - PROFLETRAS NATAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32700
Resumo: Ao se trabalhar com a Educação de Jovens e Adultos — EJA, observa-se um público marcado por dificuldades no processo de escolarização, por conseguinte, inseguro ao utilizar a escrita nas mais diversas práticas sociais. Esses alunos, excluídos do ensino regular por variados motivos, apresentam, em geral, baixa autoestima, sendo necessário, pois, práticas pedagógicas críticas que os auxiliem no reposicionamento identitário. Para tanto, este estudo tem por objetivo usar a escrita como instrumento de percepção do “eu”, possibilitando ao aluno conhecer-se e, também, conhecer o outro e, por consequência, sentir-se mais seguro frente a essa sociedade grafocêntrica. Nesse sentido, entendemos que cabe ao professor, no papel de agente de letramento, ressignificar o ensino da língua materna por meio de oficinas de letramento alicerçadas em gêneros textuais, as quais objetivam minimizar as necessidades mais imediatas desses sujeitos. Esta dissertação insere-se no campo da Linguística Aplicada (LEFFA, 2001; MOITA LOPES, 1994, 2009), especificamente nos estudos de Letramento (STREET, 1984, 2003; KLEIMAN, 1995, 2000; OLIVEIRA, 2008, 2010). Metodologicamente, a pesquisa é de natureza qualitativa e interpretativista, com viés etnográfico (CANÇADO, 1994; STREET, 2003; CALEFFE, 2006). Os dados foram gerados a partir de um projeto de letramento (KLEIMAN, 2000; OLIVEIRA, 2008; SANTOS, 2014), explorando gêneros textuais diversos. As ações do projeto “A escrita como prática identitária” foram realizadas por meio de oficinas de letramento, focando a escrita e os gêneros textuais como ferramentas na reconstrução da imagem pessoal de cada aluno, tendo como objetivo fortalecer a relação alunoescola-sociedade. A partir da análise dos dados gerados nas oficinas foi possível ratificar a importância do papel do professor como agente de letramento na tarefa de acompanhar o processo de tomada de consciência linguística e de transformação pessoal dos alunos por meio da escrita.