REFLEXÕES SOBRE A REESCRITA DE/PARA REEXISTÊNCIA: UM PROJETO DE LETRAMENTO DA OFICINA DE REDAÇÃO PARA CONCURSOS NA ESCOLA PARQUE – SALVADOR-BAHIA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ramos, Ana Lúcia Cerqueira
Orientador(a): Souza, Ana Lúcia Silva
Banca de defesa: Lima, Maria Nazaré Mota de, Oliveira, Daniele de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Metrado Profissional em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27371
Resumo: O presente trabalho diz do processo de elaboração de um memorial de formação no qual a docente analisa de forma crítica e reflexiva a sua formação intelectual e profissional e discorre sobre o projeto de intervenção: Reflexões sobre a Reescrita de/para Reexistência: um projeto de letramento da Oficina de Redação para Concursos na Escola Parque – Salvador–Bahia, desenvolvido no âmbito do Mestrado Profissional em Letras PROFLETRAS – Universidade Federal da Bahia, sob a orientação da Professora Doutora Ana Lúcia Silva Souza. A partir da análise das produções escritas dos estudantes, redações, gênero exigido nos concursos públicos e Exame Nacional do Ensino Médio, foi proposto um processo de análise com estratégias diversas de acordo com o contexto da sala de aula, envolvendo a reescrita (ANTUNES, 2005, 2009, 2010; JESUS, 2001; RUIZ, 2015) como caminho para o aprimoramento da escrita. Cabe dizer que a sala é multisseriada. Para tanto, os estudantes puderam realizar um conjunto de atividades, dentro de um projeto de letramento, envolvendo a leitura e produção de textos do “gênero redação para ENEM” (GERALDI, 2001, GUEDES, 2009, KOCH, 2015, MARCHUSCHI, 2008; 2011). A reescrita foi utilizada como centralidade de pesquisa, em um movimento denso e complexo como poucas vezes é realizado nas escolas, considerando a revisão/análise do recurso de coesão “repetição/paralelismo” e coerência microestrutural e outros aspectos importantes para que se compreenda o texto como discurso na perspectiva sócio-histórica dos letramentos (KLEIMAN, 1995, 1998, 2005; ROJO, 2009, 2012, 2015; SOUZA, 2011, 2012). Este Memorial pretende, assim, mostrar de que forma o movimento de mão dupla e coletivo permitiu/tornou possível a formação da docente e dos discentes, por meio do trabalho coletivo da reescrita, para muito além de passar o texto a limpo ou trabalhar com anotações e orientações, por vezes, frias e meramente burocráticas nas margens dos textos. Aqui, para além da entrega dos textos revisados, empreendeu-se um projeto de letramento que primou pela escrita diagnóstica através da qual foi possível conhecer as expectativas e objetivos dos sujeitos escritores, seus saberes e como cada corpo trazia a beleza da heterogeneidade da sala de aula. O projeto de letramento também permitiu visualizar como desenhar e costurar as estratégias da intervenção de forma a tirar todo mundo do lugar de quase sempre e nos desafiarmos a encarar o trajeto sinuoso para a construção do conhecimento dos sujeitos escritores, e leitores também, participantes da Oficina que, na realidade, englobou muitas outras pequenas e significativas oficinas, dentro e fora da escola: no cinema, em exposições, em palestras. Reescrever a vida foi um pouco de nossa vivência, mas, sempre tendo em mente que o trabalho realizado deveria possibilitar “a nota boa na redação do concurso”. O Memorial de Formação versa, também, sobre o percurso metodológico gestado: uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico que também se configurou em uma pesquisa-ação-formação dialogando com Silva e Silva (2016) e Souza e Vóvio (2005).