Obtenção de extratos aquosos de polpa, casca e semente da fruta Atemoia (Annona cherimola x Annona squamosa l.): identificação de componentes bioativos de extratos aquosos, avaliação in vitro e in vivo de suas propriedades e preparação de suplementos funcionais a base de farinhas de polpa, casa e semente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Serquiz, Alexandre Coelho
Orientador(a): Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24782
Resumo: A exposição à fatores ambientais, níveis elevados de xenobióticos na dieta e até as reações bioquímicas realizadas pelo metabolismo humano aumentam a geração de espécies reativas de oxigênio (ERO) e nitrogênio (ERN). Essa elevação de ERO e ERN pode promover estresse oxidativo e gerar uma série de problemas fisiopatológicos. Estudos bioquímicos relatam que os antioxidantes dietéticos possuem benefícios na prevenção de doenças. As frutas se destacam pela grande quantidade de substâncias bioativas com essa atividade benéfica. A atemóia, nosso objeto de estudo, ainda foi pouco estudada e portanto não se sabe seus componentes químicos (nutrientes) e seus efeitos no metabolismo após sua ingesta. Portanto, é muito importante compreender os mecanismos da reação dos antioxidantes presentes na fruta atemóia com as espécies reativas. Neste trabalho foram feitos ensaios in vitro e in vivo, dos quais destacam-se a formação de extrato aquoso e farinha das partes da semente, casca e polpa, quantificação de proteínas, carboidratos e compostos fenólicos, como também a avaliação da presença de inibidores de proteases e hemaglutininas, além dos testes antioxidantes; capacidade antioxidante total (CAT), sequestro de radicais hidroxila (SRH), sequestro de radicais superóxido (SRS), quelação de metais (QM), além da avaliação de estresse oxidativo por parâmetros bioquímicos e histológico em animais alimentados com as partes da atemoia. Foram detectados a presença de inibidores de protease e aglutininas nos extratos da atemoia, essas substâncias possuem potencial para serem utilizadas na área da biotecnologia ou biomédica, ajudando na prevenção de doenças ou até mesmo no melhoramento genético das frutas. Os extratos apresentaram proteínas, carboidratos e compostos fenólicos em sua composição, fato que sugere uma sinergia entre esses compostos no efeito antioxidante, vale ressaltar que no estudo supõem-se a presença de outras substâncias não conhecidas, que podem estar influenciando nesses efeitos. Já os estudos in vivo mostram um efeito não tóxico dos extratos. Os melhores resultados in vivo foram obtidos com extrato semente. Sendo assim, propõem-se que os extratos de atemoia tem propriedades funcionais. E estudos futuros devem ser realizados com intuito de se elucidar as vias e compostos específicos que possam atuar nesses benefícios.