Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Jaquelinne Pinheiro da |
Orientador(a): |
Luchiari, Ana Carolina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21078
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Resumo: |
Aprendizagem e memória são processos importantes paras as espécies, pois permitem o reconhecimento coespecífico, rotas e sítios de alimentação. Um dos comportamentos conhecidos por facilitar à aprendizagem é o sono, fenômeno universal presente na maioria dos vertebrados e altamente estudado sob vários aspectos. É sabido que a privação de sono altera processos fisiológicos e comportamentais nos animais, no entanto, sua função no organismo não é completamente compreendida. As hipóteses do papel do sono variam de conservação de energia à consolidação de memória, com variadas funções durante a evolução dos animais. O peixe paulistinha (Danio rerio) surgiu nos últimos anos como vertebrado modelo em genética e biologia do desenvolvimento, e rapidamente se tornou popular em estudos do comportamento, assim como aprendizagem e memória. Além de ser um animal de ritmo circadiano diurno e possuir comportamento de sono bem caracterizado, o peixe paulistinha ainda apresenta vantagens por seu tamanho pequeno e de baixo custo de manutenção, o que estabelece essa espécie como modelo interessante para pesquisas sobre sono. No presente estudo buscou-se analisar os efeitos da privação total ou parcial de sono sobre a aprendizagem, e ainda os efeitos concomitantes com o uso de álcool e melatonina. Para isso, o projeto foi dividido em 3 etapas, cada um com um tipo de condicionamento diferente: (1) Reconhecimento de objetos, (2) Aprendizagem aversiva baseada em punição e (3) Aprendizagem apetitiva baseada em reforço. Os resultados analisados mostraram que os peixes que foram parcialmente privados de sono e os totalmente privados de sono + álcool conseguiram realizar as tarefas igualmente aos grupos controle, no entanto, os peixes totalmente privados de sono e ainda os totalmente privados + melatonina apresentaram memória e atenção prejudicadas durante os testes. Por fim, nossos resultados sugerem que apenas uma noite de privação de sono é suficiente para afetar o desempenho do peixe paulistinha em tarefas cognitivas. Ademais, a exposição ao álcool na noite anterior ao teste parece suprimir os efeitos negativos da privação de sono, enquanto a melatonina parece não ser eficiente para promover o estado de sono, ao menos na metodologia aplicada aqui. |