Exportação concluída — 

Rações enriquecidas com óleo de coco e óleo de canola no desempenho e perfil lipídico da carne de codornas europeias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Veras, Aline Guedes
Orientador(a): Teixeira, Elisanie Neiva Magalhães
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24474
Resumo: A coturnicultura brasileira se destaca de forma crescente nos aspectos de criação e da nutrição, e isto é percebido devido ao aumento de estudos acadêmicos sobre o melhoramento genético, nutrição, manejo, equipamentos voltados para este tipo de criação, levando ao produtor informações mais precisas. Pesquisas tem apontado que a adição de óleos vegetais nas rações pode melhorar o desempenho e a qualidade da carne, pois a disponibilidade de ácidos graxos favorece a obtenção de produtos com perfil nutricional diferenciado principalmente em relação ao perfil dos ácidos graxos. Objetivou-se avaliar a utilização do óleo de canola e óleo de coco na ração de codornas europeias sobre o desempenho e o perfil lipídico da carne. Foram utilizadas 192 codornas europeias (Coturnix coturnix coturnix) de sexo misto, alojadas em boxes (1,00 x 1,50 m) distribuídas em delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 2 (níveis de óleo = 1% e 2% x fontes de óleo = canola e coco) com quatro tratamentos e seis repetições de oito aves. As rações foram formuladas para atender às exigências nutricionais das codornas na fase de crescimento (8 a 21 dias) e terminação (22 a 42 dias). Foram avaliados: consumo de ração, peso final, ganho de peso e conversão alimentar durante todo o período de criação. Aos 42 dias, duas aves por unidade experimental com peso médio de 256,6, foram abatidas para avaliação das características de carcaça: peso e rendimento da carcaça, peito, sobrecoxa, coração, moela e fígado. O peito foi acondicionado em saco plástico com identificação para posterior análise da composição dos ácidos graxos. A análise estatística foi realizada por análise de variância utilizando-se o programa computacional SAS (SAS – Institute, 2004) e havendo significância foi aplicado o teste de média Duncan com 5% de probabilidade. As análises de variância mostraram que houve efeito significativo (P=0,007) para o consumo de ração entre as dietas, observando que a inclusão de 2% óleo de canola proporcionou aumento no consumo diferindo da inclusão de 2% óleo de coco e 1% óleo de canola, que apresentaram médias decrescentes. Também não se observou diferença significativa para a variável conversão alimentar entre as dietas avaliadas, assim como não ocorreu interação do tipo de fonte dentro dos níveis estudados. Em relação às características de carcaça houve efeito significativo (P≤0,05) com a adição de duas fontes de óleos nas dietas para codornas, sobre o peso em jejum, carcaça eviscerada, fígado e moela e sobre o rendimento de fígado, coração e moela, não houve interação entre as fontes de óleos utilizadas dentro dos níveis estudados para nenhuma das variáveis analisadas. No perfil de ácidos graxos da carne de codornas foram identificados a presença de quinze ácidos graxos em todas as amostras analisadas, tendo como predominância dos ácidos graxos, palmítico (C16:0), esteárico (C18:0), oléico (C18:1 ω-9 cis) e o linoléico (18:2 ω-2 cis). O ω-6 apresentou efeito significativo (P=0,01) apresentando média de 27,491% (s±1,13) tendo seu maior valor com a adição de 1% óleo de coco (28,459) não deferindo do nível de 2% óleo de coco (27,906) e 1% óleo de canola (27,140) e ao nível de 2% óleo de canola menor valor (26,457). No conteúdo de ω-3 foi observado diferença significativa (P=0,02) nas dietas com 2% óleo de coco (3,072) e 2% óleo de canola (1,530). A melhor relação observada foi com a inclusão de 2% óleo de coco seguido de 1% óleo de coco e 2% óleo de canola. As aves que receberam a dieta com 1% óleo de canola apresentaram um alto teor de ácidos graxos poli-insaturados, mais apresentaram uma baixa deposição do eicosapentaenoico e docosahexaenoico, apresentado desta forma uma consequente piora na relação de ω-6:ω-3. A inclusão dos óleos de canola e coco em dietas para codornas europeias nos níveis de 1 e 2% pode ser realizada sem prejuízo do desempenho zootécnico no período de oito a 42 dias de idade, assim como a redução na quantidade de ácidos graxos saturados e melhora na relação ω-6:ω-3.