Um lírico na periferia do capitalismo: modernismo e modernização na “comunidade imaginada” brasileira a partir da obra poética e em três epistolários de Carlos Drummond de Andrade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Renato Kleibson da
Orientador(a): Santana, Gilmar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31528
Resumo: Esta tese investiga a relação entre a modernidade estética, na poesia de Carlos Drummond de Andrade, com ênfase nos decênios de 1930 e 1940, em face da modernização da sociedade brasileira durante o período. Utilizando o conceito de “comunidade imaginada”, do historiador britânico Benedict Anderson, analisamos a contribuição de Drummond para a formação da sociedade brasileira moderna à luz da modernidade estética e da modernização na periferia do capitalismo. Para tanto, utilizamos como recorte metodológico, dois suportes materiais em duas frentes distintas de atuação. O primeiro deles na esfera pública, o escrutínio dos cinco primeiros livros de Drummond – Alguma poesia (1930), Brejo das almas (1934), Sentimento do mundo (1940), José (1942) e A rosa do povo (1945), cujo objetivo é fazer uma análise, na área da sociologia da cultura e da arte, das modificações e dos jogos no interior da modernidade estética na interface com a dinâmica dosintelectuais/escritores durante a primeira Era Vargas. O segundo suporte, desta vez na esfera privada, direcionamos na pesquisa de três epistolários cujos respectivos correspondentes contribuíram para entendemos a dinâmica e os conflitos internos que levaram à “comunidade imaginada” brasileira moderna. Dentre os missivistas que se corresponderam com Drummond, por ordem cronológica, aqui nesta tese, temos Mário de Andrade com sua verve performática e suas encruzilhadas na estética moderna; Alceu Amoroso Lima e a conjuntura política do quimérico catolicismo na rotina do poeta-servidor público Drummond e, por fim, Cyro dos Anjos, o melancólico amanuense que no ramerrão do dia a dia nos revelou as circunstâncias e as angústias do intelectual/escritor na periferia do capitalismo.