A paixão segundo G.H.: a alegria da alteridade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Aslan Bruno da
Orientador(a): Lima, Samuel Anderson de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25270
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar a construção do Eu que se dá na obra de Clarice Lispector, mais precisamente no romance A paixão segundo G.H.. A fragmentação do Eu é uma marca do indivíduo da modernidade, o que faz com que tenhamos cada vez mais a necessidade de nos conhecermos e tomarmos consciência do mundo que nos rodeia, para assim atribuirmos um sentido para a existência. O que vemos nesse romance é a necessidade que G.H. apresenta de encontrar-se consigo mesma; a mesma necessidade apontada por sua autora. Mas esse processo de construção do Eu só se estabelece por meio do olhar do Outro, que é quem nos observa por completo em todos os aspectos. Para estabelecer essa relação entre literatura e alteridade iremos recorrer às ideias de Jean-Paul Sartre estabelecidas em seu tratado fenomenológico O ser e o Nada: Ensaio de Ontologia Fenomenológica. Por meio de um Outro, muitas vezes inusitado e estranho, G.H. estabelece uma compreensão de si, cujo processo de construção da identidade apresenta-se como sendo tumultuado, desgastante, violento, desolador e inquietante. Abordaremos as ideias de Benedito Nunes, quem primeiro atribuiu a característica de existencialista à obra de Clarice. A partir do que disse esse estudioso faremos uma aproximação entre a literatura e a filosofia. Nesse processo de escrita, que é escritura de si, a narrativa de G.H. é também a narrativa da própria autora, Clarice, que por meio de sua personagem, vive a alegria atormentada da descoberta da existência. Elas descobrem juntas a alegria de viver, ainda que essa seja uma alegria “difícil".