Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, William Soares dos |
Orientador(a): |
Alves, Maria Lucia Bastos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26514
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Resumo: |
O objetivo desta tese é analisar as práticas solidárias produtivas realizadas pela Associação das Produtoras Agroecológicas da Zona da Mata de Alagoas – APROAGRO, a partir dos princípios da Economia de Comunhão EdC. Com base nas práticas socioprodutivas, será levada em consideração a eficácia dessas dinâmicas. Trata-se de uma associação de mulheres do assentamento Zumbi dos Palmares, município de Branquinha/AL, cujo caráter familiar solidário tem como objetivo gerar renda para os moradores do assentamento. As atividades desempenhadas são essencialmente agrárias, isto é, voltadas para a agricultura familiar e atividades artesanais. Têm como objetivo serem gerenciadas e comercializadas de forma comum, de acordo com o estilo de produção cooperativista. A Economia de Comunhão, mediante a ética cristã da partilha gratuita e recíproca dos bens materiais, tem o propósito de suscitar, na liberdade, a divisão de parte dos lucros obtidos por empresas que aderem a esta proposta. Intervir junto aos empobrecidos, na perspectiva de sua inclusão socioeconômica é a meta a ser atingida. Trata-se de um projeto que foi lançado no Brasil, em maio de 1991, pela italiana Chiara Lubich (1920-2008), fundadora do grupo religioso cristão católico denominado Movimento dos Focolares. A abordagem seráum estudo de caso no contexto socioeconômico da APROAGRO, como alternativa ao modelo de produção hegemônico capitalista. O embasamento teórico principal apoiou-se na perspectiva da teoria da dádiva de Marcel Mauss (1974), mediante a qual foi possível realizar uma discussão acerca dos fundamentos teóricos da Economia de Comunhão, relacionando-os às práticas produtivas do empreendimento. Ao indagarmos sobre a eficácia e a viabilidade econômica da EdC, partimos da hipótese de que os projetos de desenvolvimento econômico que foram realizados na associação, sob a égide da Economia de Comunhão, geraram melhorias socioeconômicas para os assentados. Consequentemente, o capital poderá ser considerado mais humanizado na medida em que sua aquisição e distribuição forem resultados de uma dinâmica produtiva solidária. Constatamos que o capitalismo hegemônico, que se impõem ao contexto econômico global, não é absoluto, pois existem outras dinâmicas produtivas que a ele se contrapõem, a exemplo das práticas solidárias produtivas da Experiência de Branquinha. |