Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Cleitiane da Costa |
Orientador(a): |
Santos, Everaldo Silvino dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23098
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Resumo: |
O Brasil é o quarto maior produtor de coco e aproximadamente 85 % em massa do fruto torna-se resíduo que pode ser usado como fonte renovável para produzir etanol. Entretanto, o pré-tratamento da biomassa é um passo importante para aumentar a acessibilidade e biodegradabilidade da celulose e hemicelulose, características necessárias na posterior etapa de sacarificação. Na maioria dos pré-tratamentos, são produzidos paralelamente agentes inibidores como compostos fenólicos e ácidos que devem ser removidos. Geralmente, utiliza-se água na etapa de lavagem, mas o seu uso deve ser reduzido para viabilizar o processo do ponto de vista econômico e ambiental. Além disso, estudos indicam que tensoativos podem ser usados como coadjuvantes no pré-tratamento, auxiliando em melhores rendimentos de açúcares fermentescíveis e, consequentemente, de produção de etanol. Nesse contexto, o presente trabalho visa avaliar a influência do tensoativo Tween 80 no processo de pré-tratamento da fibra de coco verde e analisar o uso de água na lavagem do material pré-tratado. Através de planejamentos experimentais e análises estatísticas, os pré-tratamentos com H2SO4 e NaOH foram avaliados investigando-se a influência da concentração do agente químico, do tensoativo e do tempo de pré-tratamento. Os materiais obtidos após lavagem foram submetidos à hidrólise enzimática (Celluclast® 1.5L, 50 oC, 150 rpm, 96 h, 20 FPU/g, 20 CBU/g, 10 FXU/g) avaliando-se a conversão em açúcares fermentescíveis produzidos. Para o pré-tratamento ácido diluído, verificou-se que a concentração do H2SO4 e o tempo foram significativos, tendo o primeiro efeito negativo e o segundo, positivo. O melhor resultado de hidrólise enzimática nesse planejamento foi de 6,86 g/L e 2,14 g/L para glicose e xilose, respectivamente, obtido no ensaio sem H2SO4 e Tween 80 e no tempo de 60 min. Com relação ao pré-tratamento alcalino diluído, as concentrações de NaOH e Tween 80 foram significativas, ao nível de 95 % de confiança, sendo que o melhor resultado de hidrólise produziu 13,83 g/L para glicose e 5,77 g/L para xilose obtido com 2,0% (m/v) de NaOH, 3,0 % (m/m) de Tween 80 em 10 min. Os materiais pré-tratados que permitiram as melhores concentrações de açúcares fermentescíveis foram avaliados morfológica e físico-quimicamente na presença e ausência de tensoativo. A avaliação da lavagem dos materiais pré-tratados na produção de açúcares fermentescíveis, durante a hidrólise enzimática, mostrou uma possibilidade de se reduzir em 75 % o volume de água inicialmente usada na lavagem sem prejudicar a produção final. O uso do Tween 80 no pré-tratamento alcalino diluído melhorou a conversão em glicose e xilose durante a hidrólise enzimática dos materiais pré-tratados. Entretanto, não apresentou influência nos materiais pré-tratados em condições ácidas. Além disso, verificou-se que a quantidade de água da lavagem pode ser consideravelmente reduzida, contribuindo para viabilidade da produção de etanol lignocelulósico. |