Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bento, Aurélio de Oliveira |
Orientador(a): |
Chaves, Guilherme Maranhão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45584
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Resumo: |
A esporotricose é uma micose subcutânea de distribuição mundial causada por Sporothrix spp. No passado, essa infecção estava associada à caçada de tatu, horticultores, garimpeiros e jardineiros, sendo considerada uma micose de implantação adquirida por lesão através de plantas e material vegetal em decomposição. No entanto, desde o final dos anos 90, é considerada uma doença zoonótica no Brasil. No presente estudo, relata-se uma série de casos de 121 pacientes com esporotricose transmitida por gatos no Nordeste do Brasil. Os dados demográficos, clínicos e a duração do tratamento do paciente foram registrados. Além disso, foi realizado um exame micológico com posterior confirmação da identificação das espécies por PCR. Cento e vinte e dois pacientes foram diagnosticados com esporotricose subcutânea de outubro de 2016 a dezembro de 2019, enquanto a PCR revelou que 71 deles eram causados por S. brasiliensis. A maioria dos indivíduos pertencia ao sexo feminino (n = 86; 70,5%). A idade dos pacientes variou de 5 a 87 anos. As formas clínicas encontradas foram: linfocutânea (58,2%) e cutânea fixa (39,4%). Interessantemente, 115 pacientes relataram contato prévio com gatos com diagnóstico de esporotricose. Os pacientes foram tratados com sucesso com itraconazol e iodeto de potássio. Este estudo traz contribuições importantes para a investigação da disseminação da esporotricose subcutânea transmitida por gatos no Brasil, especificamente para a região Nordeste de um país de porte continental. Também ajudará os clínicos a estarem cientes da existência e da importância de diagnosticar com precisão a esporotricose e tratar pacientes com essa doença infecciosa na região de menor renda do Brasil. |