Posicionamento de adolescentes sobre mudanças climáticas e estilos de vida sustentáveis: (re)significando o planeta e o futuro?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Barros, Hellen Chrystianne Lúcio
Orientador(a): Pinheiro, José de Queiroz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26918
Resumo: O objetivo deste estudo foi investigar como os adolescentes se posicionam diante das mudanças climáticas (MCs), e como esse posicionamento se associa a indicadores de estilos de vida sustentáveis. A abordagem multimetodológica utilizada constou de duas etapas. Na primeira, um questionário foi aplicado a 484 estudantes, com média de idade de 15,5 anos (DP = 1,34), de escolas públicas e particulares, nas cidades de Natal, Arez e São Miguel do Gostoso, no estado do Rio Grande do Norte. Uma fase mediadora foi conduzida, por meio de 11 entrevistas exploratórias com professores desses alunos, elucidando informações provenientes da primeira etapa e auxiliando na estruturação da segunda, que correspondeu à realização de nove rodas de conversa com alguns dos respondentes do questionário. As causas do problema foram a categoria mais indicada nos questionários, com temáticas associadas à poluição pelo acúmulo de lixo e poluição do ar. Ao mesmo tempo, 70% dos adolescentes mencionaram perceber consequências locais. Um viés de otimismo espacial foi constatado: os adolescentes avaliaram que as MCs são mais graves para o mundo do que para suas cidades. Identifiquei que 73% afirmaram praticar ações de cuidado ambiental, o que se associou com a percepção de consequências das MCs, e com a conectividade com a natureza, que também foi significativamente associada com a atribuição de responsabilidade pelo problema. Os dados obtidos pelas rodas de conversa auxiliaram no aprofundamento e esclarecimento dos resultados anteriores. Os adolescentes explicaram porque entendem que o lixo desempenha papel importante, forneceram interpretação para o viés do otimismo, e indicaram maior variabilidade de ações em que consideram ser possível se engajar com vistas à mitigação das MCs. Este estudo, portanto, enfatiza a importância de abordagens multimetodológicas, e ressalta norteadores para projetos de educação socioambiental pautados na percepção desse público.