Alfabetismo em saúde e fatores associados em gestantes adolescentes e adultas jovens residentes na região do Trairi no estado do Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: França, Allen Suzane de
Orientador(a): Câmara, Saionara Maria Aires da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31439
Resumo: Introdução: A alfabetização em saúde é a capacidade cognitiva de entender e interpretar o significado das informações de saúde na forma escrita, falada e digital, e o baixo nível de alfabetização em saúde tem sido associado a desfechos adversos em saúde. A gravidez na adolescência também está relacionada a piores resultados de saúde para a mãe e a criança quando comparadas à gravidez na vida adulta e o baixo alfabetismo em saúde pode ser um dos contribuintes para esses resultados. Objetivo: Avaliar o alfabetismo em saúde de gestantes adolescentes e adultas jovens de uma área rural do Nordeste do Brasil e os fatores associados. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo observacional e analítico, de caráter transversal, que faz parte de um estudo piloto longitudinal, o AMOR (Adolescence and Motherhood Research). A amostra foi composta por 41 gestantes adolescentes (13 a 18 anos) e 45 gestantes adultas jovens (23 a 28 anos) residentes na região do Trairi, localizada no estado do Rio Grande do Norte, que estavam no terceiro trimestre de sua primeira gravidez. O alfabetismo em saúde foi avaliado pelo Short Assesment of Health Literacy for Portuguese-Speaking Adults (SAHLPA, escore varia de 0-18 pontos, sendo inadequado se <15). Além disso, foram coletados dados sociodemográficos, informações sobre o pré-natal e suporte social pelo Social Networks and Social Support do International Mobility in Aging Study. Modelos de regressão linear múltipla foram usados para avaliar quais variáveis permaneceram associadas ao escore SAHLPA-18. Resultados: As adolescentes apresentaram piores escores do SAHLPA que as adultas (p<0,001), bem como maior porcentagem de alfabetismo inadequado (95,1% vs 53,3%, p<0,001). Na análise multivariada, piores resultados do alfabetismo em saúde também foram encontrados para as que referiram que o seu desempenho escolar era inferior quando comparado aos colegas (β= -2,843, p<0,001) e que relataram renda insuficiente (β= -2,775, p=0,014). Conclusão: Foram encontradas taxas elevadas de alfabetização em saúde inadequada, principalmente entre adolescentes. São necessárias políticas destinadas a melhorar o acesso à informação sobre saúde para as populações jovens de áreas rurais de baixa renda.