Produção de surfactina por Bacillus subtilis UFPEDA 438 a partir de melaço de cana e avaliação de suas atividades biológicas incluindo a in silico frente ao SARS-CoV-2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Paiva, Wilza Kimilly Vital de
Orientador(a): Santos, Everaldo Silvino dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52609
Resumo: Lipopeptídeos são biossurfactantes, substâncias com caráter tensoativo as quais cada família corresponde a um grupo de isoformas que diferem entre si na composição do peptídeo e do comprimento da cadeia lipídica. Dentre eles, se destacam a iturina e a surfactina, lipopeptídeos de alto potencial surfactante e antibiótico. Por se tratar de um lipopeptídeo, a surfactina é um conjunto de isoformas, biossintetizadas ou engenheiradas, na qual a relação entre suas estruturas e propriedades auxilia na escolha e no direcionamento do produto à aplicação final, indo desde a indústria de limpeza e desinfecção de superfícies à recuperação bruta de petróleo, além de ser alvo de estudos em aplicações médicas e farmacológicas. O presente estudo tem como objetivo produzir surfactina e iturina através do cultivo de Bacillus subtilis UFPEDA 438, bem como avaliar sua capacidade tensoativo, além do seu potencial antiviral através da análise in silico do extrato produzido frente as 4 principais proteínas alvo do SARS-CoV 2. Os resultados mostraram que 8 isoformas de surfactina e 2 de iturina estavam presentes nas amostras, obtendo-se uma produtividade máxima de 148,548 ± 4,672 mg/L de surfactina. Os extratos produzidos nas etapas 1, 2 e 3 da extração apresentaram índices e atividades de emulsificação satisfatórios e promoveram uma redução na tensão superficial da água em até 55,24 %. Frente aos radicais livres (ROS), as amostras também conseguiram bloquear cerca de 41,95% dos mesmos. Na avaliação in silico, a maior interação entre os biossurfactantes estudados foi com a proteína Spyke, que é crucial para a ligação do vírus com a célula humana hospedeira. Os resultados alcançados apontam o extrato de lipopeptídeos produzido como um constituinte promissor na elaboração de produtos de alto potencial antioxidante e tensoativo; e movimenta ensaios futuros da sua atividade antiviral frente ao SARS-CoV-2.