Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Marília Virgo Silva |
Orientador(a): |
Guerra, Gerlane Coelho Bernardo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29202
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Resumo: |
A Doença Inflamatória Intestinal (DII), caracterizada por apresentar uma inflamação crônica não controlada na mucosa intestinal, engloba, principalmente, duas patologias: a Colite Ulcerativa (UC) e a Doença de Crohn (DC). Nestas, o sistema imunológico local permanece cronicamente ativado e o intestino cronicamente inflamado, devido a uma incapacidade de diminuição das respostas inflamatórias. A produção e liberação de espécies reativas de oxigênio (ERO) e citocinas próinflamatórias pelos fagócitos desempenham um papel importante na fisiopatologia da DII. Falhas terapêuticas e efeitos adversos do arsenal medicamentoso de escolha, têm incentivado os pesquisadores a estudar alternativas no controle do processo inflamatório intestinal, dentre as quais se incluem as bactérias probióticas. Assim, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a atividade anti-inflamatória intestinal do prétratamento com os probióticos Lactobacillus plantarum CNPC003 (LP) e Lactobacillus mucosae CNPC007 (LM) em modelo de colite experimental aguda induzida por ácido dinitrobenzenosulfônico (DNBS) em ratos. Desta forma, foram utilizados ratos Wistar fêmeas divididos em 5 grupos experimentais (n=7): Grupo saudável: Saudável (S) que recebeu solução salina; Grupos colíticos: Controle DNBS (DNBS) que recebeu solução salina; e os colíticos tratados com os probióticos: LP, LM e fármaco padrão sulfassalazina (SSZ) na dose 250 mg/kg. Os respectivos pré-tratamentos de cada grupo foram administrados por gavagem durante 17 dias antes da indução da inflamação intestinal. Após os tratamentos, no 17º dia, a colite foi induzida pela administração intracolônica de 30 mg de DNBS (etanol a 50%, v/v) e, então, as administrações foram continuadas até o 19º dia. No 20º dia, setenta e duas horas após a indução, todos os animais foram eutanasiados. Foram avaliados parâmetros macroscópicos, microscópicos, marcadores inflamatórios como mieloperoxidase (MPO), sintase do óxido nítrico induzida (iNOS), metaloproteínase-9 (MMP-9), a via de sinalização fator nuclear kappa B (NF-κB) e as citocinas fator de necrose tumoralα (TNF-α), interleucina-10 (IL-10), interleucina-β (IL-1β), interleucina-17 (IL-17), do estresse oxidativo (malondialdeido) e da integridade de barreira intestinal mucina-2 (MUC-2), zona de oclusão-1 (ZO-1) e ocludina (OCL). O pré-tratamento com probióticos foi capaz de atenuar a severidade do dano colônico provocado pelo DNBS, observado na redução do escore do dano macroscópico (p<0,05 vs. DNBS). Esse efeito foi associado a uma redução na atividade de MPO, MMP-9 e iNOS (p<0,05 vs. DNBS) e nos níveis de citocinas pró-inflamatórias TNF-α, IL-1β e IL-17 (p<0,05 vs. DNBS). Por outro lado, os probióticos aumentaram os níveis colônicos da IL-10, bem conhecida como uma citocina anti-inflamatória. O efeito benéfico dos probióticos na inflamação intestinal induzida pelo DNBS também foi demonstrado pela capacidade de reduzir o estresse oxidativo colônico, observado pela redução de malondialdeido (MDA) (p<0,05 vs. DNBS). Adicionalmente, LP aumentou a expressão de marcadores envolvidos na integridade epitelial como OCL e ZO-1, enquanto LM aumentou a expressão de OCL, MUC-2 e ZO-1 (p<0,05 vs. DNBS). Desta forma, os probióticos LM e LP destacam-se por apresentar um potencial anti-inflamatório intestinal que poderá ser uma alternativa na prevenção da DII. |