Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lira, Marcelo Gomes de |
Orientador(a): |
Oliveira, Jorge Eduardo Lins |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA REGIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE - PRODEMA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22112
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Resumo: |
A pesca oceânica gera alimento, emprego e renda e se mostra importante em função da proximidade do Brasil das rotas migratórias dos atuns e afins. Desta forma, estudos que relacionem a distribuição da abundância e estrutura populacional dos recursos pesqueiros com as variáveis ambientais e como essas relações influenciam na distribuição espaço-temporal, assim como um melhor entendimento da dinâmica e composição das capturas da frota que opera com espinhel no Atlântico, são essenciais para o estabelecimento de medidas que visem à exploração sustentável desses recursos. Foram analisados os dados de desembarques da frota sediada no Rio Grande do Norte (RN), principal exportador brasileiro de atuns e afins, durante o período de 2006 a 2016. Cerca de 80% das capturas em peso foram de Thunnus albacares, Thunnus obesus, Xiphias gladius e Prionace glauca. A remuneração da tripulação, combustível, isca e material de pesca representaram 65% dos custos de produção. O RN exportou aproximadamente 77% de T. albacares fresco e 26% congelado, 92% de T. obesus fresco e 90% congelado e 55% de X. gladius fresco e 95% congelados. Ainda foi analisada a distribuição espaço temporal de T. albacares, uma das principais espécies capturadas pela frota espinheleira do RN, e suas relações com as características oceanográficas das águas do Oceano Atlântico. Para este estudo foram utilizados dados de captura da frota espinheleira sediada no Estado do Rio Grande do Norte (Nordeste do Brasil), bem como dados de temperatura da superfície do mar (TSM), de clorofila-a (Chl-a), da área compreendida entre 42,2° e 24,8° W e 5,9° S e 8,8° N, além de dados relativos ao ciclo lunar para o período estudado. A metodologia empregada para modelar o efeito das variáveis sobre a captura por unidade de esforço (CPUE) e o comprimento dos indivíduos capturados foi o método Modelos Lineares Generalizados (GLM). Ao total foram analisados 10.350 exemplares, que corresponderam a 482,95 t, capturados entre dezembro de 2007 e agosto de 2015. Os resultados obtidos indicam que a distribuição, abundância e a estrutura de comprimento de T. albacares estão fortemente relacionadas com variáveis ambientais (fases da lua, TSM e Chl-a), temporais (trimestre e ano) e espaciais (latitude e longitude) e que a baixa proporção de adultos nas capturas totais de T. albacares, indica a necessidade de adoção de medidas de administração pesqueira, visando à conservação deste estoque. |