Poemas dançados: uma leitura antropológica sobre a produção de vídeodanças no grupo Gaya Dança Contemporânea durante a pandemia covid19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Melo, Marília Teixeira de
Orientador(a): Coradini, Lisabete
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46883
Resumo: Este trabalho visa dialogar dança, técnica e emoções, através de uma etnografia do processo de criação do espetáculo no grupo Gaya Dança Contemporânea/UFRN, que atua na cidade de Natal/RN. Opto por focar no desenvolvimento dos trabalhos coreográficos que abordam questões existenciais (angústia, solidão, medo, alegria) e sensoriais (por parte dos sentidos: visão, tato, olfato e audição). Colocando ênfase, nesse momento, nos trabalhos coreográficos apresentados durante a pandemia da COVID-19, dialogando a dimensão estética que basea a produção da dança contemporânea com as propostas técnicas para a vídeodança e a dançatelemática, presentes nos recortes cênicos de Corpo Isolado, Para quando o verão chegar e Poemas Dançados II e III, apresentados através da plataforma do Youtube, nos canais de 72ª SBPC Cultural e Gaya Dança Contemporânea. Enriquecida também por uma prática pessoal de dança, esta pesquisa nasce de uma antropologia interpretativa e colaborativa. A proximidade com o grupo colocou a pesquisadora no centro das preocupações da criação coreográfica, compartilhando as alegrias e as tristezas dos corpos afetados pelo período instaurado pela pandemia, em 2020. Como o próprio nome sugere, Corpo Isolado mexe com as emoções e imaginários a respeito das sensações do corpo obrigado a isolar-se socialmente. Para quando o verão chegar e Poemas dançados II e III, narram as descobertas do próprio “eu”, frente às tantas reflexões trazidas pelo momento, sob a narração de poesias de Clarice Lispector, na voz, no olhar e nos gestos dos intérpretes-criadores do Gaya Dança Contemporânea. Neste contexto do grupo, apresento os corpos que criam, improvisam, sentem e refletem questões sociais que habitam nos gestos da dança e na preparação da série de vídeodanças Poemas Dançados. A bibliografia perpassa a Antropologia da Dança, do Visual e das Emoções, traçando uma relação entre a antropóloga-bailarina e suas afetações como intérprete-criadora.