Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rêgo, Shirley de Figueiredo Medeiros |
Orientador(a): |
Bezerra, Marlos Alves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22061
|
Resumo: |
A presente pesquisa tem como contexto a violência doméstica contra a mulher. Essa é entendida como qualquer ação que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico, ocorrida no ambiente doméstico, ou ainda praticada por cônjuge, companheiro, amante ou ex-namorados, fora desse ambiente. Constitui uma grave violação de direitos humanos com sérias consequências para a saúde física e emocional da mulher. As estatísticas mostram que, apesar dos avanços nesse campo, ainda é alto o número de pessoas que vivem nessa condição. Tais números evidenciam a necessidade de contínuas discussões na busca de estratégias e políticas para a prevenção e o enfrentamento dessa forma de violência, bem como para o apoio à mulher agredida. Para subsidiar tais reflexões, é preciso conhecer melhor quem são as mulheres que vivem nessa situação, perguntar o que é importante para elas, o que pensam sobre a condição em que vivem, quais são seus desejos e sonhos. Tal escuta significa ir além de uma prática assistencialista, uma vez que lhes concede um lugar diferente do de vítimas, considerando-as como sujeitos que podem dizer de si. Dessa forma, trata-se de um estudo qualitativo, que busca compreender a experiência dessas mulheres acerca da relação de violência doméstica que vivenciam. O acesso às narrativas se deu através da realização de oficinas, nas quais foram utilizados escritos, desenhos e/ou recortes de revistas escolhidos por elas mesmas, para disparar a fala sobre suas histórias. Após a produção dos relatos, o material das oficinas foi analisado através da hermenêutica gadameriana – que se vale da linguagem no centro da experiência do sujeito com o outro, dentro de uma historicidade demarcada pelo tempo e espaço – em articulação com a perspectiva relacional sobre a violência doméstica. A análise além de confirmar a relevância da escuta aos aspectos subjetivos, ressaltou a importância que os companheiros ocupam na vida das mulheres, destacando a dificuldade que elas apresentam para romper com a situação de violência e para articular estratégias que viabilizem mudanças em suas vidas. |