Estratégia para o cuidar interprofissional da hipertensão arterial na atenção primária à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dantas, Rosimery Cruz de Oliveira
Orientador(a): Oliveira, Ângelo Giuseppe Roncalli da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24157
Resumo: A Atenção Primária à Saúde (APS) configura-se como o primeiro contato do usuário com o sistema de saúde, destacando-se com três funções essenciais: resolutividade, comunicação e responsabilização. Apesar do seu fortalecimento, internações por agravos que sob sua ação poderiam ser controlados, continuam ocorrendo, a exemplo da hipertensão. Daí justifica-se a construção de um protocolo para atendimento interprofissional a hipertensos na APS. Objetivou-se construir uma estratégia que oriente a gestão de um cuidado integral ao usuário com hipertensão arterial assistido na APS. Para tanto realizou-se uma revisão de integrativa, um estudo ecológico, um estudo de validação e um estudo transversal. Adotou-se, para o estudo ecológico e transversal, estatística analítica com regressão linear e multivariada; para a validação adotou-se o método Delphi, desenvolvido em 4 fases: 1. Leitura prévia dos referenciais teóricos, 2. Construção do instrumento e apresentação a banca de juízes, 3. Validação por Experts, 4. Reprodutibilidade. A validação foi analisada, utilizando uma escala de Likert, pelo Índice de concordância (IC) entre os experts, Índice de Validade de Conteúdo (IVC), Correlação de Pearson; a análise da reprodutibilidade se deu pelos Coeficientes Kappa (Ϗ) e o de Correlação Intraclasse (CCI). A pesquisa envolveu 20 experts (nove médicos e 11 enfermeiros) e 160 usuários hipertensos alocados por conveniência. A coleta ocorreu de julho/2015 a agosto/2016. O estudo seguiu às recomendações da Resolução 466/2012 que trata de pesquisa com seres humanos, aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob nº 1.144.406. Protocolos são ferramentas utilizadas para verificar adesão ao tratamento, sua utilização na gestão de doenças crônicas, seu impacto no controle da hipertensão e a satisfação do usuário com o serviço. As internações por hipertensão se associam com o percentual de condições sensíveis as ações da APS, renda e índice de desenvolvimento humano. O protocolo revelou-se muito importante - Escala de Likert >4 -, O IC entre os experts foi de 98,1%, o IVC > 0,90, a correlação de Pearson se mostrou de moderada a forte (p <0,001). Kappa de > 75 e o CCI >0,80; os fatores determinantes para o controle da pressão foram dieta hipossódica e interrupção do tratamento; para a interrupção do tratamento foram risco metabólico, estresse e controle da pressão. Apesar da alta cobertura e resolutividade da APS as internações por hipertensão continuam ocorrendo, principalmente na população com vulnerabilidade social. O instrumento mostrou evidências robustas de validade e confiabilidade, bem como de reprodutibilidade. Isso o torna propício para sua utilização na APS. Além de constituir-se um guia para a consulta e acompanhamento do usuário hipertenso, permite maior diálogo entre o profissional e o paciente. Também é um espaço para que os registros aconteçam de forma mais efetiva, garantindo atendimento mais personalizado, voltado para as necessidades individuais de cada um. O conhecimento dos determinantes do controle da pressão e da interrupção do tratamento favorece o planejamento das ações da APS.