Atividade artesanal e o processo de significação do trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Carvalho, Daniel Santos de
Orientador(a): Bendassolli, Pedro Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21625
Resumo: As sociedades capitalistas são marcadas por transformações, graduais e progressivas, em aspectos que se ligam à economia, política, cultura, entre outros, impactando diretamente nos modos de conceber e realizar as ações de trabalho. Entendendo que este é um elemento central na estruturação da vida dos indivíduos, assim como na organização dinâmica das sociedades, se faz importante compreender como o trabalho, envolto nas organizações cotidianas capitalistas, é significado e empreendido em meio a essa lógica. A presente pesquisa se propôs, então, a investigar os processos de significação do trabalho, escolhendo como categoria ocupacional os trabalhadores artesanais, acreditando que estes trariam contribuições extremamente importantes, devido às características peculiares da atividade que desenvolvem, entre elas, o fato de ser uma atividade anterior ao próprio capitalismo (muitas vezes considerada a primeira ação laborativa humana, protótipo do próprio trabalho). Foram entrevistados 20 artesão da região da Grande Natal/RN, de forma individual, em diversos espaços do território mencionado. Os resultados apontam que o público referenciado significa o trabalho a partir de três grandes dimensões específicas, ligadas à tradicionalidade dos processos, à estruturação da atividade e às relações necessárias para o seu desenvolvimento, evidenciando fortes tensões na articulação de uma atividade, que tem em sua origem, a liberdade e a autonomia como fortes postos de desenvolvimento, e que, estabelecida no seio da dinâmica capitalista, abre mão de tais ideais para que possa funcionar como mais uma forma de sobrevivência e manutenção de trabalhadores, submetidos à precarização de suas ações de labor.