Efeitos fisiológicos e psicológicos associados à respiração nasal e às técnicas respiratórias do Yoga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Esmaile, Stephany Campanelli
Orientador(a): Soares, Bruno Lobão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58223
Resumo: Esta tese foi dividida em uma introdução geral em português, 3 capítulos (um para cada artigo em inglês) e uma discussão geral em português. O primeiro capítulo é uma revisão sistemática publicada no The International Journal of Yoga que segue as recomendações do PRISMA, intitulada: “PRANAYAMAS AND THEIR NEUROPHYSIOLOGICAL EFFECTS”. O objetivo desta revisão foi descrever a influência dos exercícios respiratórios do Yoga na neurofisiologia humana. Após filtrar 1.588 artigos, os 14 artigos finais mostraram que (pranayamas) em termos gerais promovem: melhora clínica em pacientes com afasia; redução da oscilação teta cerebral, aumento da oscilação gama no lobo temporal medial esquerdo e aumento da resposta inibitória (autocontrole) durante uma tarefa de tempo de reação; redução imediata dos tempos de reação visual e auditiva e aumento da atividade parassimpática. O segundo capítulo é uma pesquisa quasi-experimental chamada “PSYCHOLOGICAL EFFECTS OF A THREE-MONTHS UJJAYI PRANAYAMA TRAINING” realizada durante a pandemia de COVID-19 e já está em fase de submissão para publicação para a revista “Journal of Alternative and Complementary Medicine”. Das nove escalas psicométricas utilizadas no estudo, observamos uma redução no devaneio mental (MEWS), afeto negativo (PANAS-N) e estresse percebido (PSS), e uma melhora na consciência interoceptiva (MAIA) após da intervenção. Além disso, foram encontradas correlações positivas significativas entre MEWS, PANAS-N e PPS antes e depois de 12 semanas de intervenção com pranayama. O terceiro capítulo é um ensaio randomizado controlado chamado: “UJJAYI PRANAYAMA: A PSYCHOBIOLOGICAL APPROACH OF A YOGIC BREATHING TRAINING”. Após 8 semanas de uma intervenção de ujjayi online com estudantes universitários da UFRN, os resultados revelaram melhorias significativas do grupo teste durante o período de 8 semanas em comparação com o grupo controle para MAIA (consciência interoceptiva), PANAS-P (maior humor agradável ou afeto positivo) e pontuações ESS-BR (menor sonolência). Além disso, a análise de correlação PANAS-P x MAIA se revelou positiva (p = .016; r = .438). No entanto, o grupo controle apresentou melhor desempenho no teste de estresse (MMST) do que o grupo teste. Nenhuma diferença foi encontrada para valores de delta do cortisol salivar, da variabilidade da frequência cardíaca, do teste de Flanker (tarefa go no-go), espirometria, P0.1 , das medidas de devaneio mental (MEWS e escalas tipo likert), da capacidade pulmonar e drive inspiratório (P0.1). Concluímos que o pranayama Ujjayi pode ser útil em reduzir o afeto negativo, o estresse percebido, a sonolência durante o dia e o devaneio mental, enquanto pode aumentar a consciência interoceptiva e o afeto positivo em universitários e possivelmente na população geral.