Geoquímica, evolução magmática e condições de cristalização do pluton São João do Sabugi, RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paiva, Dayvison Bruno Cordeiro de
Orientador(a): Vilalva, Frederico Castro Jobim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28713
Resumo: O Pluton São João do Sabugi nas proximidades da cidade homônima no Rio Grande do Norte, é uma das mais expressivas ocorrências individuais de rochas de afinidade shoshonítica no Domínio Rio Piranhas-Seridó da Província Borborema. Desta forma, seu estudo detalhado permite melhor compreender os processos genéticos e evolutivos da suíte magmática shoshonítica no extremo nordeste da Província Borborema. O pluton foi estudado do ponto de vista petrográfico e litoquímico, incluindo modelamento geoquímico, visando a melhor caracterização dos processos de diferenciação magmática envolvidos e dos parâmetros intensivos de cristalização. Os litotipos identificados foram agrupados em três fácies petrográficas: (1) gabro-diorítica (termos mais máficos), de ocorrência mais restrita, que inclui rochas dioríticas e gabroicas com andesina-labradorita (An45-63%) e paragênese máfica principal clinopiroxênio ± ortopiroxênio + anfibólio ± biotita; (2) monzodiorítica, com termos máficos e intermediários, desde dioritos e monzodioritos, até quartzo monzonitos, com paragênese máfica principal anfibólio + biotita (além de piroxênios nas variedades mais máficas) e oligoclásio- andesina (An22-45%); e (3) granodiorítica, com os litotipos mais félsicos do pluton, desde quartzo monzonitos a granodioritos, com biotita como máfico principal e maior quantidade de ortoclásio. Enclaves máficos e intermediários e xenólitos da Formação Jucurutu (calciossilicáticas e paragnaisses) são comuns na fácies monzodiorítica. As rochas estudadas são metaluminosas, álcali-cálcicas e magnesianas e possuem afinidade shoshonítica. Apresentam teores relativamente altos de Ba, Rb, Th, K e terras-raras leves e pronunciada anomalia negativa de Nb em diagramas normalizados ao manto primitivo. Nos monzodioritos, os clinopiroxênios e anfibólios classificam-se quimicamente como augita e ferro- e magnésio- hornblenda, respectivamente, enquanto a biotita é relativamente enriquecida em Mg (0,44 < Mg/Mg+Fe < 0,65). Os dados geoquímicos disponíveis sugerem que as rochas estudadas são cogenéticas. Modelagens geoquímicas com elementos maiores e menores sugerem que as composições menos evoluídas da fácies gabro-diorítica podem ser geradas mediante ~12% de fusão parcial de fonte mantélica metassomatisada. A partir desses magmas precursores, as rochas das fácies monzodiorítica e granodiorítica podem ser derivados após ~60 a 80% de cristalização fracionada associada à assimilação de ~15% de encaixantes da Formação Jucurutu. O pluton São João do Sabugi cristalizou-se sob temperaturas entre 788 816oC e pressões entre 5-6 kbar, em condições relativamente oxidantes (1.2<NNO<1.4).