Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Burnier Sales de |
Orientador(a): |
Oliveira, Isabel Maria Farias Fernandes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32348
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Resumo: |
Com o aumento exponencial do desemprego, da informalidade e da implementação das diversas formas de trabalhos precários que subalternizam ainda mais a classe trabalhadora, a assistência social assume ainda mais o papel de gerenciamento da pobreza no capitalismo contemporâneo. Esse gerenciamento da pobreza protagonizado pela assistência social se dá pela implementação dos programas de transferência de renda e pelas políticas de ativação ao trabalho. Tal fato reconfigura essa política como elementar no atendimento das necessidades sociais e materiais da classe trabalhadora sob um forte aparato individualista, que transfere para a classe trabalhadora a responsabilidade de lidar com o seu contexto de pauperização e de precarização do seu trabalho. Diante disso, objetivou-se analisar a centralidade da assistência social no gerenciamento da reprodução da classe trabalhadora, por meio das políticas de ativação ao trabalho, e sua relação com as condições de trabalho no capitalismo contemporâneo. Foi realizado um estudo bibliográfico e de levantamento de dados documentais e estatísticos, com a finalidade de compreender o objeto de estudo em questão, a intersecção entre assistência social e trabalho por meio das políticas de ativação ao trabalho, nas suas múltiplas determinações. Os principais resultados apontam a relação cada vez mais profunda entre assistência social e trabalho, que se reatualiza no contexto do capitalismo contemporâneo, por meio do culto ao individualismo, da aposta na qualificação profissional e do mito do empreendedorismo como válvulas de escape das condições de miserabilidade da classe trabalhadora. Ademais, os dados apontam que o cenário posto no mercado de trabalho para absorver esses usuários é de uma intensa precarização do trabalho, o aumento da informalidade como regra e de uma baixa remuneração salarial. Conclui-se que, a assistência social assume o papel de lançar os usuários atendidos forçosamente aos contextos de precarização do trabalho, por intermédio das políticas de ativação do trabalho. |