Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Evangelista, Ana Shirley de Vasconcelos Oliveira |
Orientador(a): |
Oliveira, Maria Bernadete Fernandes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19568
|
Resumo: |
Este estudo tem por objetivo compreender as construções identitárias de Mossoró, nos enunciados da literatura de cordel. Tendo como fio condutor o episódio da resistência citadina ao bando de Lampião no dia treze de junho de mil novecentos e vinte e sete, a nossa empiria constituiu-se dos enunciados presentes em nove cordéis, produzidos entre o espaço-tempo de 1927 e 2007, ano em que a cidade comemorou oitenta anos do episódio. Ciente de que o tema extrapolou os limites dos meios comunicacionais da época e passou a integrar o cotidiano dos mossoroenses, produzindo na memória coletiva a imagem de uma cidade da resistência em nomes de ruas, nomes de empresas, nas rádios com a “FM resistência”, nos discursos políticos, na sede da prefeitura cujo nome é “Palácio da Resistência”, a questão central que orienta nossa investigação congrega a discussão em torno das relações dialógicas travadas nos enunciados sobre o tema em tela. Nesse viés, a pesquisa elegeu como categorias de análise o conceito de vozes sociais e cronotopia, considerando que as diferentes identidades são produzidas em função dos posicionamentos tomados pelos sujeitos, bem como, pelos contextos de produção. Inscrita na área da Linguística Aplicada (LA) e na linha de pesquisa Linguagem e práticas sociais, a pesquisa articula as teorizações provindas da área dos Estudos Culturais (sobretudo no que se refere à identidade) com os referenciais teóricos do Círculo bakhtiniano (no tocante a concepção sócio-histórica da linguagem e em seu caráter dialógico). Os resultados indicam que, apesar de haver uma movência axiológica em torno das representações de Mossoró e do episódio de vinte e sete, os enunciados dos cordéis convergem para o discurso hegemônico, corroborando com o perfil identitário da resistência veiculado ao longo de oito décadas |