A atuação de palhaças e palhaços: o hospital como palco de encontros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Brum, Daiani Cezimbra Severo Rossini
Orientador(a): Porpino, Karenine de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23196
Resumo: O presente trabalho trata-se de uma investigação em Artes Cênicas que teve como mote algumas inquietações pessoais da autora ao atuar como palhaça em hospitais de São Paulo e de Natal. A partir dessa experiência profissional, identificou-se que há peculiaridades no trabalho de atriz e de palhaça próprias aos diferentes espaços da sociedade. No contexto aqui pesquisado, destaca-se a necessidade que as figuras palhacescas têm de engendrar uma abertura em que possam se relacionar com os seres e com os acontecimentos do espaço e do tempo hospitalares. Por isso, pergunta-se: comparado aos demais âmbitos de atuação palhacesca, quais são as principais peculiaridades do hospital? Com base na experiência de profissionais palhaças e palhaços que atuam em contextos hospitalares, quais são os principais aspectos a serem considerados na atuação nesses espaços? No intuito de responder a essas questões, objetiva-se investigar a atuação de palhaças e palhaços em palcos hospitalares, contextualizando, para isso, tal atuação no âmbito das práticas cênicas. Além disso, a partir da descrição de experiências nos campos hospitalares, pretende-se identificar os principais aspectos que configuram essas vivências artísticas em contato com o cotidiano do hospital. Com base numa metodologia fenomenológica fundamentada em Merleau-Ponty (2006; 2007; 2011), buscou-se dialogar com experiências palhacescas hospitalares através de entrevistas realizadas com sete membros da Organização Não Governamental (ONG) Doutores da Alegria, bem como com o palhaço Ésio Magalhães, que fez parte do elenco da ONG até o ano de 2003. Como resultados desta pesquisa propõe-se a discussão sobre o jogo cênico a partir da mescla das técnicas de treinamento pessoal e das sensibilidades de cada artista, como também a atuação palhacesca no hospital como experiências de encontros teatrais. Para tanto o referencial teórico abrange a Fenomenologia de Merleau-Ponty (2006; 2007; 2011), o conceito de Jogo colocado por Huizinga (2014) e os estudos brasileiros sobre o riso, o cômico e a palhacaria, tais como os de Burnier (2001), Viveiros de Castro (2005), Bolognesi (2006), Kásper (2004), Wuo (1999; 2011) e Sacchet (2009).