Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Assis, Márcia Meireles de |
Orientador(a): |
Clementino, Maria do Livramento Miranda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25231
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Resumo: |
Esta tese tem por objetivo verificar nas novas gerações, formas de inserção na economia urbana de Rio Branco no Acre. Sob contextos sócio-históricos diferenciados, considerou-se as histórias de trabalho de duas gerações, uma, proveniente da floresta, e outra, proveniente da cidade. Estes jovens são remanescentes de famílias sermgueiras e moradores da periferia de Rio Branco. Suas experiências de trabalho advêm de um novo contexto urbano, o qual passa por transformações consideráveis. Em consonância a isto, buscou-se investigar as mudanças sócio-espaciais de Rio Branco - uma cidade que advinda do seringai - entrever contemporaneamente mudanças visando efetivar novas escritas de cidade nesta parte da Amazónia. No Acre, é principalmente a partir da década de 1970 que as questões de sobrevivência e reprodução social começam a atingir amplos segmentos de famílias seringueiras advindas dos seringais falidos pelo declínio da economia da borracha. Emerge dessa relação entre cidade e floresta uma nova forma de gerir a cidade atual, bem como, a inserção da juventude neste urbano em associação ás necessidades ambientais do planeta. Mediados pelas praticas sociais de um passado recente, as novas gerações herdam o legado de uma floresta em pé. No entanto, as perspectivas em poderem acionar trabalho por meio desta floresta, são ainda, pouco visíveis para o jovem inserido neste urbano, que por enquanto, conta apenas com o "chão da cidade" para empreender suas formas de sobrevivência e emprego. A pesquisa insere-se no campo dos estudos da juventude e da memória social considerando-se a geração precedente, em relação às suas inter-relações com as atuais pelo trabalho, pela escola e pela moradia. Assim, além das mudanças na construção de uma "nova" condição juvenil nesta sociedade evidencia-se também, mudanças nas formas de gerir o desenvolvimento em nível local, tendo em vista, o legado das práticas sociais locais em manter seu aporte de floresta ramo a uma cidade que possa ser sócio-ambientalmente mais justa, fato que, para o ambiente sócio-histórico de Rio Branco, é algo que resvala ainda em limites e desafios, visando efetivar a cidade da promessa. Do ponto de vista teórico, parte das análises das categorias juventude e trabalho e se utiliza das noções de Segmentações Sociais e Estmtura de Oportunidades de R. Kaztman, e de Inserção Aleatória de Dubar para a análise das entrevistas, além dos conceitos de Rémy sobre aldeia não urbanizada e cidade urbanizada, na compreensão das principais mudanças que Rio Branco experimenta. Utiliza-se da metodologia qualitativa baseada em entrevistas abertas e em profundidade, a partir de um roteiro semidhetivo. O trabalho de campo desenvolveu-se entre os anos de 2008 e 2009, quando foram entrevistados 35 jovens e 12 pais seringueiros acerca de suas trajetórias de trabalho. A idade dos jovens variou entre 13 e 29 anos e dos pais entre 37 e 76 anos. Partindo das narrativas juvenis evidencia-se uma inserção em descompasso nas trajetórias de trabalho e escola para estes jovens em meio às lutas empreendidas pelas ações de governo visando aplicar sustentabilidade urbana nesta cidade que intenta promover novas escritas de si no decurso deste chão amazônico. |