Resistência ao fluxo devido a vegetação num trecho do Rio Pitimbu, Natal-RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vitorino, Camila Farias
Orientador(a): Moreira, Lúcio Flávio Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24229
Resumo: A vegetação macrófita possui um papel importante na manutenção e equilíbrio dos ambientes aquáticos em rios e lagos nas regiões tropicais. Em cursos d’água de pequeno porte, essas plantas proporcionam benefícios ecológicos, pois atuam na sedimentação e retenção de nutrientes, propiciando melhoria nas propriedades físico-químicas da água. A presença de macrófitas na calha fluvial alteram o comportamento da velocidade e aumentam a resistência ao fluxo, com redução da velocidade na seção e aumento da profundidade. Em geral, o retardamento do escoamento está associado a fenômenos indesejáveis, tais como inundação de áreas ocupadas. O objetivo deste estudo foi investigar o comportamento da resistência ao fluxo provocado pela presença de vegetação macrófita rígida emersa da espécie Aninga (Montrichardia linifera) num trecho do rio Pitimbu situado na região metropolitana de Natal. Para isso foram realizadas duas campanhas hidrométricas, realizadas em 12/04/2017 e 15/09/2017. A metodologia empregada consistiu na medição de variáveis hidráulicas e levantamento in situ das características da vegetação no trecho e analise da interação fluxo-vegetação. A analise da vegetação envolveu a delimitação de quatro quadrantes (4 m2) definidos aleatoriamente na área de estudo. Nesses quadrantes foram levantadas as características morfológicas das plantas e a distribuição espacial. A medição das variáveis hidráulicas foi feita com a discretização das seções transversais em verticais, onde foram medidas as velocidades medias pontuais. A vazão e o numero de Manning obtidos nas campanhas 1 e 2 foram 0,2467 m³/s e 0,069 m-1/3s; 0,2076 m³/s e 0,078 m-1/3s respectivamente. A densidade da distrbuiçao espacial da vegetação era 8,12 plantas/m2. O comportamento da velocidade na seção S1 demonstrou alta variabilidade espacial, com alguns valores acima da média. Esse comportamento estava associado a presença de vegetação. Foram registradas velocidades negativas em algumas regiões a jusante das plantas, indicando a geração de esteiras e fluxo reverso nestes locais. O padrão de distribuição espacial da vegetação era agregado em algumas regiões da comunidade de plantas. A interação fluxo-vegetação foi analisada a partir de uma sequência de registros fotográficos. Foi possível identificar o comportamento dos fluxos através das plantas: regiões de descolamento da camada limite, regiões de esteira e de formação de vórtices.