Estudantes cotistas com deficiência na universidade: perfil educacional e socioeconômico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Félix, Lamoniara Mendes Querino
Orientador(a): Melo, Francisco Ricardo Lins Vieira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28410
Resumo: A mais recente das ações para a inclusão de pessoas com deficiência na educação superior é a Lei nº 13.409/2016, que estabeleceu que as instituições federais vinculadas ao Ministério da Educação passariam a reservar, em cada concurso, vagas para a pessoa com deficiência. Este estudo surgiu da necessidade de investigar o perfil dos primeiros discentes alvos de tal lei no âmbito da UFRN, ingressantes via processo seletivo Sisu. Elencamos como objetivo geral: conhecer o perfil educacional e socioeconômico dos estudantes cotistas com deficiência ingressantes na UFRN através do processo seletivo Sisu 2018; e como objetivos específicos: caracterizar o perfil educacional e socioeconômico; identificar as demandas educacionais específicas; levantar aspectos facilitadores e limitadores para permanência. Para o alcance de tais objetivos, lançamos mão de arcabouço teórico metodológico que fundamenta as pesquisas exploratórias e descritivas (TRIVIÑOS,1987; GIL, 1999). A metodologia utilizada conjugou elementos qualitativos e quantitativos (DAL-FARRA; LOPES, 2013) assumindo assim um caráter misto (CRESWELL, 2007). Para a coleta de dados utilizamos pesquisa documental (GIL,1999), questionário e entrevista semiestruturada (MINAYO, 2010). Quanto à análise, lançamos mão da técnica de análise de conteúdo de Bardin (2011). Os resultados apontam para o fato de que estudantes cotistas com deficiência estão chegando aos cursos considerados altamente seletivos. A predominância no ingresso ocorreu entre os discentes do sexo masculino; a condição de deficiência majoritária foi de deficiência física; os cursos com maior ingresso foram os cursos de direito e medicina. As demandas educacionais mais requisitadas, além do acompanhamento técnico educacional, estiveram na adaptação de materiais e na solicitação de auxílios financeiros. Como fatores facilitadores para a permanência, encontraram-se as ações para inclusão; a colaboração de amigos, professores e demais servidores; a oferta de auxílios e recursos pedagógicos e financeiros. Como aspectos limitadores, destacaram-se o desconhecimento por parte do discente dos auxílios/recursos e normativas disponibilizadas pela instituição para a permanência; falhas no fluxo de troca de informações sobre ações para inclusão. Concluímos então que, apesar de ainda longe do ideal, as cotas têm alcançado as pessoas com deficiência e elas desafiaram/desafiarão as reais possibilidades de permanência nas instituições de educação superior.