O professor polivalente dos anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal de Natal/RN: trabalho, vivência e mediações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Andrade, Letícia Raboud Mascarenhas de
Orientador(a): Falcão, Jorge Tarcisio da Rocha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23990
Resumo: A democratização da educação apresenta interesses contraditórios, envolvendo mecanismos de reprodução das desigualdades e forças voltadas à transformação social. Neste cenário, a precarização do trabalho docente pode produzir adoecimento e situações de alienação que repercutem nas vivências do trabalho. A presente pesquisa enfoca o trabalho do professor “polivalente” dos anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal de Natal (RN-Brasil) e compreende a perspectiva da clínica da atividade. Este trabalho visa à exploração e análise de elementos e percepções constitutivas do trabalho docente e seu contexto de inserção, bem como a articulação com as vivências, sua expressão e constituição. A pesquisa compreendeu uma etapa descritiva e inferencial quantitativa, envolvendo o uso de questionário sócio profissional e instrumento de avaliação das dimensões psicossociais do trabalho; e outra etapa clínicoqualitativa, baseada na técnica de Instrução ao Sósia, que permite o diálogo do trabalhador com sua prática laboral. Foi identificado um elevado percentual de professores que se sentem solitários no trabalho (30,2% da amostra) e associação desta variável à situação de risco psicossocial. Da etapa clínico-qualitativa participaram duas professoras de 1º ano da rede municipal. Observaram-se diferentes modos de relação com a atividade: uma vivência estabelecida na lógica da produção e controle da turma, revelando impedimentos da ação e sentimentos de solidão; e outra centrada na mobilização intelectual do aluno, expressando dinamismo e satisfação laboral, além de acesso a recursos de enriquecimento da ação. Aponta-se para a necessidade de criar e fortalecer coletivos de trabalho nas escolas visando ao desenvolvimento e construção de referenciais para a ação, além da mobilização política por melhores condições de trabalho.